Apesar de se declarar conservador, muita coisa mudou na vida do general Hamilton Mourão (Republicanos) desde 2018, quando declarou ser de raça "indígena" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ocupar a vice-presidência na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PL).
“Eu sou pardo? Eu sou negro? Eu sou asiático? Eram as opções que eu tinha, e a quinta opção era indígena”, disse à época, quando relatou que seu pai, o general de divisão Antônio Hamilton Mourão, era do Amazonas, e sua avó era “cabocla de Humaitá", em relação a uma cidade do Estado.
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Escanteado por Bolsonaro - que o trocou por outro general, Walter Braga Netto, na disputa à reeleição -, Mourão, que nasceu em Porto Alegre, voltou às origens e agora confessa ao TSE ser de raça "branca" para disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul.
A decisão busca ratificar a declaração dada em 2018, quando culpou a cultura indígena por "uma certa herança da indolência" entre os brasileiros que, segundo ele, também são influenciados pela "malandragem oriunda do africano".