A Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) condenou nesta terça-feira (9) o ex-procurador Deltan Dallagnol, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o procurador João Vicente Romão a ressarcirem os cofres públicos naquilo que ficou conhecido como "a farra das diárias e passagens" gastas no âmbito da extinta Operação Lava Jato.
Dallagnol, Janot e Romão foram condenados de forma unânime, pois, o relatório do ministro Bruno Dantas foi aprovado por 4 votos a 0. Com isso, eles terão de devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos. Janot e Dallagnol declararam ao G1 que vão recorrer da decisão.
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Indignado, o ex-procurador e coordenador da extinta Lava Jatou usou as redes para atacar os ministros do TCU e afirmou que se trata de "vingança".
"O sistema quer vingança. Este é mais um episódio que mostra o quanto o sistema político não tá nem aí pra sociedade e quer ver a Lava Jato longe do Congresso Nacional. Mostra até onde o sistema é capaz de chegar para impedir que o combate à corrupção avance no país", disse.
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Em outro momento, Dallagnol desqualifica o trabalho do ministro relator Bruno Dantas. "Ah, note isto: Bruno Dantas correu com o processo alegando que havia risco de prescrição, mas no julgamento disse que os fatos são imprescritíveis. A verdade é que correr era o único modo de manchar o legado da Lava Jato antes das eleições e tentar me tornar inelegível", critica.
Por fim, Dallagnol afirma que vai recorrer de sua condenação. "Vou recorrer da decisão, que não me torna inelegível porque é recorrível, e reafirmo meu compromisso de lutar pelo Brasil e pelos brasileiros com coragem. A resposta aos ataques que vêm da velha política e seus aliados virá das urnas em outubro", escreveu o agora ficha suja Deltan Dallagnol.