O ex-presidente Lula (PT) cumpriu agenda de campanha em Manaus (AM) nesta quarta-feira (31) e, à noite, reuniu milhares em um comício no Espaço Via Torres, centro-sul da capital amazonense. Segundo o site D24am, mais de 30 mil pessoas estiveram presentes.
Antes mesmo de Lula chegar ao palco o ato político já estava totalmente lotado. Ao lado do ex-presidente, estavam políticos aliados, entre eles os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM), além do candidato ao governo do Amazonas pela coligação petista, Eduardo Braga (MDB).
Te podría interesar
Em seu discurso, Lula manteve o tom incisivo contra Bolsonaro que já havia adotado em entrevistas pela manhã e também na parte da tarde. "Sei que Bolsonaro já veio em Manaus. Ele veio aqui fazer motociata. Eu não. Eu vim aqui visitar a fábrica para conhecer os trabalhadores que estão fazendo as motos", declarou o ex-presidente, se referindo à agenda que cumpriu na fábrica da Honda na cidade.
"Se um tenente expulso do Exército não tem coragem de tratar o povo direito, um metalúrgico vai voltar para a presidência para cuidar do povo do jeito que ele merece", disparou ainda.
Em sua fala, Lula também rebateu, de maneira indireta, o candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, que havia feito uma postagem afirmando que o petista está "fraco fisicamente e psicologicamente".
"Tenho 76 anos de vida. Digo todo o dia que a idade não deixa a gente velho, o que deixa a gente velho é não ter uma causa, não ter uma motivação. A minha causa é dar dignidade e respeito a 215 milhões de brasileiros", afirmou.
O petista reforçou que, se eleito, criará o Ministério dos Povos Originários, que será comandando por um indígena, e agradeceu ao embaixador da Venezuela por ter enviado oxigênio para Manaus em janeiro de 2021, durante um dos picos da pandemia de Covid-19 no país.