ELEIÇÕES 2022

Quantas vezes Lula citou Geraldo Alckmin no Jornal Nacional

Lula usou Alckmin como um zap em um jogo de truco e o ex-tucano acabou se tornando uma das estrelas da noite no JN

Quantas vezes Lula citou Geraldo Alckmin no Jornal Nacional.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

Nem o roteirista mais criativo teria imaginado que um dia Lula e Alckmin estariam juntos em uma chapa presidencial. No entanto, isso se tornou realidade, o ex-governador de São Paulo se filiou ao PSB e, ao lado do ex-presidente, foi abraçado por boa parte da militância petista. 

Obviamente que o vice de Lula seria assunto durante a sabatina com o líder petista no Jornal Nacional, mas, antes mesmo que William Bonner ou Renata Vasconcelos perguntassem sobre a escolha de Alckmin para compor a vice na chapa petista, o ex-presidente trouxe o tema e fez do ex-governador umas das estrelas da noite. 

Ao todo, Lula citou Geraldo Alckmin dez vezes durante a sua entrevista ao Jornal Nacional. Com o seu jeito único, o ex-presidente ainda brincou em determinado momento e afirmou que estava com ciúme do ex-tucano pela forma amistosa como ele foi recebido pela militância petista e como é recebido nos comícios. 

No texto que você confere a seguir, separamos os dez momentos em que Lula citou Geraldo Alckmin e seus respectivos contextos. 

 

 

Lula e o desejo de voltar a presidir o Brasil 

 

“Eu quero voltar porque eu quero fazer coisas que eu deveria ter feito, mas não sabia que era possível fazer. É por isso que eu fui escolher o Alckmin de vice, para juntar duas grandes experiências na minha vida: um cara que foi governador de São Paulo 16 anos, e vice seis anos, e o cara que foi considerado o melhor presidente da história do Brasil. Esses dois que vão governar este país.”

 

 


 

Lula fala sobre as “três palavras mágicas para governar o Brasil”: credibilidade, previsibilidade e estabilidade

 

"Nunca antes na história do Brasil esse governo teve uma chapa como Lula e Alckmin para poder ganhar credibilidade interna e externa para fazer acontecer as coisas no Brasil.” 

 

 

 

Políticas econômicas em novo mandato

 

“Eu pretendo fazer uma gestão de acordo com aquilo que nós construímos. Eu, hoje, tenho dez partidos junto comigo e ainda tenho a experiência do ex-governador Alckmin comigo.” 

 

 

 

A inusitada aliança com Geraldo Alckmin 

 

"Muita gente pensava, uns anos atrás, que era impossível Lula se juntar com Alckmin, e eu me juntei para dar uma demonstração para a sociedade brasileira que política não tem que ter ódio, política, sabe, é a coisa mais extraordinária para você estabelecer convivência entre os contrários". 

 

 

 

 A tarefa de eleger uma grande bancada 

 

"Eu tenho consciência que uma das tarefas minhas e do Alckmin, se a gente ganhar, é a gente tentar, primeiro, trabalhar durante o processo eleitoral para que a gente eleja muitos deputados e muitos senadores com outra cabeça; segundo, acabar com essa história de semipresidencialismo, de semiparlamentarismo no regime presidencial.”  

 

 

 

Militância do PT abraçou Alckmin

 

"Bonner, nós não estamos vivendo no mesmo mundo. Eu estou até com ciúme do Alckmin. Você tem que ver que sujeito esperto e habilidoso.” 

 

 

 

Bonner questiona: Alckmin já foi vaiado pela militância petista? 

 

“Ele fez um discurso, no dia 7 de maio, sabe, quando ele foi apresentado oficialmente ao PT, que eu fiquei com inveja, ele foi aplaudido de pé. Pergunta para a esposa dele, para a dona Lu, que anda com a Janja, para ver como ela está gostando da coisa.” 

 

 

Militância do PT abraçou Alckmin 

 

“O Alckmin já foi aceito pelo PT, de corpo e alma. Sabe? O que eu não quero é que o PT peça para ele se filiar porque a gente não quer brigar com o PSB, mas o Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar.”

 

 

 

 Sobre o tempo em que o Brasil era feliz quando a polarização se dava entre PT e PSDB 

 

“Bonner, feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização nesse país era entre PT e PSDB. A gente era adversário político, a gente trocava farpas, mas se a gente se encontrasse no restaurante, não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com o Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou com o Alckmin, porque a gente não se tratava como inimigo, a gente se tratava como adversário. Sabe?”

 

 

 

 Vencer o fascismo e a referência a Paulo Freire 

 

"O que é importante é que a gente não confunda a polarização com o estímulo ao ódio. Eu me dou muito bem com o PSDB, que foi meu principal adversário durante tanto tempo. E depois é o seguinte, Bonner, eu aprendi na minha vida a conversar. Eu aprendi a conversar. Se tem uma coisa que eu aprendi a fazer foi negociar, foi conversar com os contrários. Tem uma frase do Paulo Freire que é fantástica, que eu utilizei para mostrar aos militantes do PT a entrada de Alckmin no PT. De vez em quando, a gente precisa estar junto com os divergentes para vencer os antagônicos. E agora, nós precisamos vencer o antagonismo do fascismo, da ultradireita.”