Ciro Gomes, candidato à Presidência da República pelo PDT, foi à entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta terça-feira (23), e aproveitou para fazer elogios que geraram certo furor nas redes sociais. Há décadas se posicionando à esquerda no espectro político brasileiro, Ciro fez afagos em duas figuras visceralmente de direita: João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo, e ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador.
Sobre Doria, o grande totem do neoliberalismo pragmático do PSDB, o candidato do PDT fez considerações bastante elogiosas por sua atuação na pandemia, servindo de antítese às insanidades negacionistas de Jair Bolsonaro.
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“Eu vi ontem o cidadão aqui... Vou atender a um apelo da Renata, o senhor presidente da República dizendo aqui, mas, veja bem... O Brasil tem 3% da população do mundo e morreram aqui 11 de cada 100 pessoas que morreram no mundo na pandemia... Qual é a explicação? Foi o comportamento genocida, que é uma palavra ruim e dura, mas foi o comportamento anticiência, foi o adiamento eterno por politicagem barata com a questão das vacinas, uma briga vil dizendo ‘ah, em janeiro nós vacinamos’... Vacinamos porque o governador de São Paulo transformou isso na sua principal ferramenta, e faço aqui uma homenagem a João Doria”, disse Ciro.
Já em relação a ACM, representante genuíno de uma das maiores oligarquias coronelistas do Nordeste, as carícias foram por conta de uma pergunta de Renata Vasconcelos sobre quais seriam seus planos para prevenir e evitar catástrofes de origem climática, como enchentes.
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“Nós já meio que sabemos (os locais de enchentes frequentes)... Petrópolis, encosta de Salvador, que aliás tem diminuído muito graças ao grande governo que o ACM Neto fez lá como prefeito”, falou o ex-ministro e ex-governador que disputa o Palácio do Planalto pela quarta vez.