O presidente do diretório estadual do PT no Rio de Janeiro, João Maurício, anunciou nesta terça-feira (2) que apresentou uma resolução pedindo o rompimento da aliança de seu partido com Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo do estado. O documento foi aprovado pela Executiva estadual e será levado á Executiva Nacional da legenda para análise.
O motivo é o fato de que deputado federal Alessandro Molon (PSB) decidiu manter sua candidatura ao Senado. Segundo petistas, o deputado, ao insistir em concorrer para senador, desrespeita o acordo que havia sido feito entre PT e PSB, que previa a candidatura de Freixo ao governo e a de André Ceciliano (PT) ao Senado.
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"Companheiras e companheiros, acabo de apresentar uma resolução a Executiva Estadual do PT-RJ solicitando o rompimento da aliança com Marcelo Freixo Governador. Em função da manutenção da candidatura avulsa e divisionista de Alessandro Molon ao Senado Federal sustentada pelo Presidente Nacional do PSB", afirmou João Maurício através das redes sociais.
Ao jornal O Globo, Freixo afirmou que está seguro do apoio do PT à sua candidatura. "Tenho certeza de que estaremos com o PT nessa caminhada. Os diálogos e divergências internas existem, mas sigo convicto do apoio", declarou.
Confira abaixo a resolução do PT-RJ sobre o rompimento da aliança com Freixo
"O PT do RJ rompe a aliança com Freixo!
Nos últimos meses, um debate dividiu a coligação de apoio a pré-candidatura de Marcelo Freixo ao governo, foi a insistência do deputado Molon, com apoio de parte da Direção Nacional do PSB, em manter a sua candidatura divisionista ao Senado.
Esse descumprimento de um acordo feito entre Molon e Freixo, entre o PT e o PSB, nos dividiu, com parte da esquerda atacando o nosso companheiro André, pré-candidato do PT ao Senado, numa campanha sórdida nas redes, como não se via faz anos.
A aventura da candidatura divisionista se manteve, mesmo após o Ato na Cinelândia, mesmo após os posicionamentos do próprio Marcelo Freixo, Flávio Dino, Márcio França e Danilo Cabral em defesa da unidade e cobrando o cumprimento do acordo. Aliás, Marcelo Freixo sempre defendeu a unidade da coligação apostando primeiro no convencimento do deputado Molon, confiando no Acordo firmado entre os dois, e depois pressionando Molon e a Direção Nacional do PSB.
Na nossa boa fé, e na nossa crença na importância do cumprimento de acordos, sabendo da nossa responsabilidade na construção de uma coligação de 8 partidos, aguardávamos até agora por uma definição final da Direção Nacional do PSB. Todavia, fomos surpreendidos pela defesa do Presidente Nacional do PSB da manutenção da candidatura divionista e aventureira de Molon.
Consideramos que a divisão na coligação majoritária inviabilizará um palanque forte para o Presidente Lula, inviabilizará as nossas candidaturas majoritárias, tanto Freixo, como o André. Não aceitamos mergulhar nosso partido e nossas campanhas em uma guerra fratricida. Não faremos o jogo pequeno das prioridades pessoais, da manutenção de mandatos proporcionais a todo custo, como é a prioridade de alguns setores.
Reafirmamos a candidatura do nosso pré-candidato André Ceciliano ao Senado, candidatura aprovada por unanimidade no Diretório. Desde 2019, André liderou a ALERJ defendendo a UERJ, os servidores, e a democracia contra os ataques da ultra-direita. André nos representa.
Mas nesse cenário, infelizmente não é mais possível manter o apoio a candidatura Freixo ao governo do Estado. E vamos, nos próximos dias, debater alternativas de coligação majoritária com a Direção Nacional do PT e com os partidos da Federação para que tenhamos um forte palanque do Lula no nosso Estado"