O ex-governador de São Paulo e candidato ao Senado, Márcio França (PSB-SP), revelou, nesta segunda-feira (1), que houve um acordo entre os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) para a definição dos nomes que iriam disputar o governo e o Senado pelo Rio de Janeiro.
“Houve um acordo entre os dois. Quando o Freixo entrou, houve um combinado que se o Freixo fosse candidato ao governo, O Molon não seria candidato ao Senado”, disse França, em entrevista ao Fórum Onze e Meia.
“O que eu acho é o seguinte: você não precisa combinar, se não combinar não tem problema. Mas, se combinar, tem que cumprir. Não é justo com quem você coloca do outro lado. Combinou, tem que cumprir”, destacou.
França disse que está se esforçando para convencer Molon a desistir de disputar o Senado. “Não é fácil. Ele é muito representativo, preparado e é mais antigo que o Freixo no partido. É muito respeitado por todos nós”.
O candidato ao Senado por São Paulo afirmou, ainda, que espera conseguir convencê-lo. “Nós temos até o dia 5. São momentos importantes de decisões e não tem motivo para antecipar a angústia”, afirmou.
França mencionou um exemplo: “Dando certo essa história do Bivar (Luciano, do União Brasil, que pode apoiar Lula (PT) para presidente), muda tudo de novo, porque é um partido muito grande. No caso de São Paulo, são dois minutos a mais de televisão. É muito relevante em alguns estados”.
“A tendência do voto útil pode fazer com que ele (Ciro Gomes) fique menor do que é”, diz França
O ex-governador de São Paulo também acredita que o ex-prefeito de Salvador e candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), vai apoiar Lula.
“Há um caminho do voto útil que é real. As pessoas na rua falam que não gostam de perder voto. A pessoa tende a caminhar para um candidato que vai ganhar. É natural. No caso do Ciro (Gomes) é muito arriscado. A tendência do voto útil pode fazer com que ele fique menor do que é”, avaliou.
Porém, França acrescentou que a candidata à presidência pelo MDB, Simone Tebet, pode herdar votos que seriam de Ciro. “Há uma tendência de votar em mulheres, o que é muito bom, pois amplia o universo”.
Assista à íntegra da entrevista: