O policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, filmado ao assassinar o guarda municipal petista Marcelo Arruda, em 9 de julho, dia do seu aniversário de 50 anos, afirma não se lembrar do dia do crime.
O seu advogado, Luciano Santoro, o mesmo que defendeu Eleize Matsunaga e assumiu o seu caso recentemente, afirmou nesta segunda-feira (1º) que ele não tem memória do evento.
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“Ele não tem memória do evento. Chutaram muito a cabeça dele. É um milagre ele ter sobrevivido. Acredito que a recuperação será muito longa e difícil”, disse o criminalista, em entrevista ao portal Uol.
Homicídio duplamente qualificado
Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado. Um dos agravantes apontados pelos promotores foi o “motivo fútil” para o homicídio, “havendo a querela sido desencadeada por preferência político-partidária”. Outra qualificação apontada pelos autores da denúncia foi a possibilidade de a ação “resultar em perigo comum”, ou seja, a terceiros.
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O advogado também disse ter visitado Guaranho na última quinta-feira (28/7) no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz, onde ele se recupera dos tiros.
Guaranho invadiu a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, que tinha decoração em homenagem ao ex-presidente Lula (PT), e matou o aniversariante a tiros após reafirmar sua militância bolsonarista e xingar e ameaçar os convidados.
A Polícia Civil de Foz do Iguaçu (PR), onde ocorreu o crime, não viu motivação política para os tiros, mas a denúncia do Ministério Público, aceita pela Justiça, discordou e apontou a divergência política como razão para o homicídio.