ELEIÇÕES 2022

André Janones lidera ofensiva religiosa: "Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula"

Bolsonaro e seus apoiadores têm espalhado a notícia falsa de que, caso o PT volte ao poder, templos evangélicos serão fechados

André Janones lidera ofensiva religiosa: "Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula".Créditos: Reprodução/ redes sociais
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O presidente Bolsonaro e seus apoiadores têm espalhado a fake news de que, caso Lula (PT) vença a disputa eleitoral, irá fechar igrejas e os templos evangélicos. A extrema direita trabalhar para fazer dessa notícia falsa a "mamadeira de piroca" da eleição deste ano. 

Um dos principais responsáveis pelo espalhamento da fake news de que Lula irá fechar igrejas é o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), que admitiu endossar tal mentira como forma de "alertar o seu rebanho". 

Porém, nesta quarta-feira (17), o PT deu início à ofensiva que visa desmontar tal mentira. O deputado federal André Janones (Avante!-MG), que está na coordenação na campanha de redes de Lula, inaugurou a ação que visa combater e referida notícia falsa. 

"Missão do dia: fazer essa imagem chegar aos 4 cantos do país, através de todas as redes, e escrever aqui no Twitter a frase: Bolsonaro usa Deus. Deus usa Lula", pediu Janones em postagem que traz um card com a frase "Bolsonaro usa Deus. Deus usa Lula!". 

Logo em seguida, a presidenta do PT e candidata a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) replicou a postagem de Janones. "Bora lá Janones! É com verdade e amor que vamos vencer essa eleição!", escreveu Gleisi. 

 


Bolsonaro abre campanha em baixo nível e ataca Lula com aborto, drogas e Ditadura

 

O presidente Jair Bolsonaro deu a largada de sua campanha à reeleição à presidência da República nesta terça-feira (16) na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde levou uma facada na eleição presidencial de 2018. 

Antes da realização de uma motociata em Juiz de Fora, Bolsonaro discursou em encontro com lideranças evangélicas improvisado em um hangar. Aos presentes, ele agradeceu "pela segunda vida" que lhe foi dada após a facada e afirmou que "pegou o Brasil à beira de um colapso econômico" e perto de se tornar uma nação socialista. 

Diferente do que foi o seu governo na prática, o mandatário afirmou que, quando eleito, operou o terceiro milagre ao "não aceitar indicações partidárias para compor o seu ministério", no entanto, nada falou sobre os seus acordos com o Centrão, e voltou a afirmar que a sua conduta durante a pandemia foi correta e, novamente, não falou sobre o fato de não ter aceito oferta de vacina mais barata feita pela Pfizer. 

O presidente, assim como fez em outras ocasiões voltou a dizer que toma as suas decisões com uma caneta bic e, na sequência, "alertou" os presentes sobre os países da América Latina "de viés de esquerda". 'Os caras sempre pregam o paraíso, justiça social, igualdade... muito bonito, da boca pra fora, mas a realidade é bem diferente. Levam todos para igualdade, mas para baixo, na miséria”. 

Em seu discurso, Bolsonaro associou o presidente Lula a fake news sobre o fechamento de igrejas e usou como exemplo a Nicarágua e a Venezuela, pois, para o presidente as duas nações representam o socialismo, a perda de liberdade e o que o Brasil pode virar "se fizer as escolhas erradas [...] perderam a liberdade, perderam a liberdade de professar a sua fé". 

No fim de seu discurso, Bolsonaro associou as medidas de combate ao coronavírus à ditaduras e afirmou que elas foram os primeiros avisos do que o Brasil pode se tornar se ele perder a eleição. 

"Vocês sentiram um pouco da ditadura durante a pandemia. As igrejas, por exemplo, sendo fechadas, pessoas sendo proibidas de trabalhar e alguns mandando prender quem estava na praia, prenderam mulheres em praça pública [...] estamos vencendo tudo isso, temos uma batalha pela frente, a questão da nossa liberdade”, disse Bolsonaro. 
 

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