ELEIÇÕES 2022

TSE deve atender parte dos pedidos de militares para reduzir tensão com Bolsonaro

Corte eleitoral deve atender parcialmente as demandas dos militares, que ecoam discurso de Bolsonaro sobre fraude nas urnas eletrônicas.

Jair Bolsonaro com militares em evento da Marinha.Créditos: Presidência da República
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve atender parte das sugestões apresentadas por representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral para reduzir a tensão provocada por Jair Bolsonaro (PL) que insiste na tese de fraude no sistema de votação.

Segundo reportagem de Felipe Frazão e Weslley Galzo, na edição desta quarta-feira (10) do jornal O Estado de S.Paulo, das três principais demandas dos militares, a corte avalia atender uma delas totalmente e outra parcialmente.

Para permitir uma "apuração paralela", o TSE planeja divulgar online, em tempo real, cerca de 500 mil boletins com votos registrados e nas urnas eletrônicas.

Dessa forma, a base de dados ficará disponível na internet para os militares e também para partidos e sociedade civil fazerem uma contagem paralela.

A medida, no entanto, pode gerar um descompasso entre a apuração oficial, que é automatizado, e a contagem paralela, abrindo a possibilidade de Bolsonaro só reconhecer o resultado das eleições após contagem dos militares.

O segundo pedido, para que o modelo 2020 da urna eletrônica, que estreia nessa eleição, passe por um teste de integridade pública, será atendido parcialmente.

As máquinas devem ser enviadas para análise da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) para um teste de confiabilidade do modelo.

Os militares também pediram que seja feito um teste da urna no dia da votação, filmado, com a participação dos eleitores. No entanto, a corte argumenta que não há tempo hábil e logística para atender o pedido.