O assassinato do guarda municipal e dirigente petista Marcelo Arruda pelo agente penal e militante bolsonarista Jorge Guaranho completou um mês nesta terça-feira. Na noite do dia 9 de agosto, Guaranho, após tomar conhecimento do tema da festa de Arruda, alusiva ao PT e ao Lula, foi até a Aresf, associação onde ocorria a festa, e matou Marcelo a tiros.
Internado desde que assassinou Marcelo Arruda, Jorge Guaranho deve ter alta nesta semana e ser encaminhado para o Complexo Médico Penal ou para o Complexo Penitenciário Federal, pois, a Justiça do Paraná negou pedido de prisão domiciliar. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz de Iguaçu, no Oeste do Paraná.
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Por meio de sua defesa, Guaranho alega que não lembra de nada do que ocorreu na noite do crime. A defesa do bolsonarista tenta reverter a sua prisão preventiva em prisão domiciliar.
Apesar da negativa da Justiça, a defesa de Guaranho insiste em tentar reverter a sua prisão preventiva em prisão domiciliar. Tal possibilidade causa revolta entre familiares e amigos de Marcelo Arruda.
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Em carta divulgada nesta quarta-feira (10), familiares de Marcelo Arruda afirmam que "a possibilidade do homicida vir a ter sua prisão revogada ou convertida em prisão domiciliar, nos causa perplexidade e temor, visto a periculosidade apresentada por um indivíduo que teve a audácia de cometer um ato extremo de desprezo pela vida de um ser humano".
Em outro trecho da carta, os familiares de Marcelo Arruda declaram que, "o que nos resta, além da doce lembrança que cultivaremos enquanto vivermos, é o nosso clamor por justiça, compartilhado pela parcela da sociedade que não comunga dos mesmos valores do assassino".
Confira abaixo a íntegra da carta escrita pelos familiares de Marcelo Arruda:
"Desde o dia 09 de julho de 2022, data que nosso insubstituível pai, companheiro e irmão comemorava seus 50 anos, convivemos com a ausência e a dor imensurável de sua partida, vítima da intolerância e ódio de um assassino que, atropelando qualquer traço de humanidade e respeito a quem quer que fosse, invadiu uma festa particular e ceifou a vida de um pai de família, um profissional da área de segurança pública, um lutador das causas sociais e coletivas dos seus companheiros de categoria, deixando órfãos quatro filhos e expondo a risco dezenas de pessoas que lá se encontravam.
O que nos resta, além da doce lembrança que cultivaremos enquanto vivermos, é o nosso clamor por justiça, compartilhado pela parcela da sociedade que não comunga dos mesmos valores do assassino.
A possibilidade do homicida vir a ter sua prisão revogada ou convertida em prisão domiciliar, nos causa perplexidade e temor, visto a periculosidade apresentada por um indivíduo que teve a audácia de cometer um ato extremo de desprezo pela vida de um ser humano.
Estamos acompanhando o caso e até o momento não temos qualquer razão para desacreditar nas instituições responsáveis por nos entregar as medidas justas pelas quais ansiamos.
Familiares de Marcelo Aloizio de Arruda".