Ao perceber que está perdendo no jogo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer tentar a vitória no tapetão, como se diz no jargão do futebol. Atrás em todas as pesquisas, a equipe jurídica do presidente mudou a estratégia e tenta partir para cima com uma série de ações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O núcleo da campanha de Bolsonaro decidiu, em uma reunião há cerca de duas semanas, que os advogados deveriam ter uma atuação mais ativa contra as críticas de Lula.
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Como resultado, o PL apresentou, no início de agosto, um pacote de sete ações contra o petista por propaganda eleitoral antecipada.
"Entramos com as ações não para afogar o jurídico do PT, mas para dar freio inibitório com práticas de ilegalidades manifestas", disse à Folha o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho.
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O advogado explica ainda que Lula tem imputado crimes, em especial de genocídio e associação com milícia, a Bolsonaro em seus discursos.
"Diante desse mau uso da liberdade de expressão, foi necessário recorrer ao Judiciário para recompor", completou.
"Discurso de ódio"
Na série de processos apresentados até agora, os advogados de Bolsonaro acusam Lula de propagar "discurso de ódio" por ter chamado o chefe do Executivo de "fascista", "genocida", "negacionista" e "desumano".
Enquanto isso, o PT já obteve vitórias no TSE nos enfrentamentos com Bolsonaro e seus apoiadores.
O ministro Alexandre de Moraes mandou, em 18 de julho, que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados Hélio Lopes (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ) apagassem publicações que vinculavam o PT à facção criminosa PCC e ao assassinato de Celso Daniel em 2002, então prefeito de Santo André (SP).
Com informações da Folha