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Lula usou colete à prova de balas em ato na Cinelândia

Apesar do esquema de segurança especial, público foi atacado com um explosivo

Lula usou colete à prova de balas durante ato na Cinelândia, no Rio.Créditos: Ricardo Stuckert
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Entre as medidas de segurança adotadas pelo equipe do ex-presidente Lula (PT) para garantir a integridade do ex-mandatário no ato público que lotou a Cinelândia, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (7), estava a utilização de um colete a prova de balas por parte do petista.

Abaixo da camisa de linho branca usada por Lula era possível notar a presença de um colete à prova de balas. A notícia remete diretamente à decisão do presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, de usar o mesmo artefato balístico em suas atividades de grande porte. A Colômbia tem um triste histórico de assassinatos e perseguições contra lideranças progressistas. Analistas tem apontado que o Brasil com Jair Bolsonaro (PL) passou por um processo de "colombização", com um endurecimento da violência política. 

O ato na Cinelândia foi marcado por um esquema de segurança especial para garantir a integridade do ex-presidente, que não quer abrir mão dos atos públicos. Grades foram instaladas na Cinelândia e um detector de metal foi utilizado para controlar a entrada do público no espaço mais perto do palco. Não foi permitida entrada com alimentos, garrafas, embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidro. Somente bandeiras com cabo de PVC foram liberadas.

Mesmo assim, um homem infiltrado arremessou um artefato explosivo para o interior da área cercada. Ninguém ficou ferido e a equipe do petista, que não tinha subido ao palco quando o explosivo foi lançado, garante que não houve tumulto. Segundo a Polícia Militar, o responsável pelo ataque foi detido.

Segundo ataque em menos um mês 

O explosivo lançado contra o ato de Lula na Cinelândia já representa o segundo ataque contra eventos do ex-presidente em menos de um mês. 

Em 15 de junho, apoiadores do petista que aguardavam o início de um ato político em Uberlândia (MG) com Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato do governo de Minas Gerais, foram surpreendido por um drone que sobrevoou o local jogando um líquido fétido no público presente. 

A presença do drone de pulverização - usado normalmente para agricultura - provocou uma correria no local. Segundo o jornal O Tempo, alguns militantes tentaram arremessar pedras e pedaços de pau no aparelho para derrubá-lo, mas foram impedidos por seguranças. Jornalistas também foram atingidos pelo drone.

O bolsonarista Rodrigo Luiz Parreira, autor do ataque, foi preso no último sábado (2) a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Parreira, no entanto, foi preso por outro crime: aquisição irregular de arma de fogo. Ele está preso no Presídio Uberlândia 1.