O assassinato a tiros do dirigente petista Marcelo Arruda pelo militante bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), motivou o encaminhamento de uma denúncia à ONU com relatos da violência política ensejada pelo "ódio bolsonarista" nos últimos quatro anos.
Segundo informações do jornalista Jamil Chade, no UOL, documento elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, lista 13 ataques atribuídos a bolsonaristas em brigas políticas.
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Para o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que assina o documento, o assassinato de Marcelo Arruda "é o ápice de uma escalada de violência" protagonizada pelos eleitores de Bolsonaro (PL). Ao UOL, o deputado declarou que teme que casos como o de Arruda voltem a acontecer.
"As liberdades de manifestação política e de expressão estão sob risco. O nosso objetivo é que essas situações seja objeto de atenção por parte de organismos internacionais que fazem esse tipo de monitoramento. O efeito devastador do discurso de ódio é estimular esse tipo de conduta", declarou Orlando Silva ao UOL.
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Além do assassinato de Marcelo Arruda, o documento também registra o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, morto a facadas em um bar de Salvador (BA), no primeiro turno da eleição de 2018, após declarar voto no PT; também está registro o ataque a tiros à caravana do ex-presidente Lula, em março de 2018, no Paraná.
Ministério Público e Polícia Civil apuram se há relação entre suicídio e morte de Arruda
O Ministério Público e a Polícia Civil do Paraná investigam se há relação entre um suicídio e o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda.
Claudinei Coco Esquarcini, 44, se jogou de uma ponta em Medianeira, município que fica a 50 Km de Foz. Ele era diretor da Aresf onde ocorreu a festa de Arruda e é apontado como o encarregado pela instação do sistema de câmeras de vigilância no local do crime. O celular dele foi apreendido pela polícia.
Esquarcini é apontado como a pessoa que mostrou as imagens da festa de Marcelo Arruda, que tinha como tem ao PT e Lula, a Jorge Guaranho durante um churrasco.
Dessa maneira, o suicídio de Esquarcini é tido como uma consequência da tragédia ocorrida na Aresf.