O Ministério Público do Paraná pede urgência na averiguação dos celulares de Jorge Guaranho e Claudinei Coco Esquarcini, que é apontado como a pessoa que teria mostra a Guaranho, o atirador bolsonarista, imagens da festa de Marcelo Arruda.
"Quanto ao celular do agressor e o gravador de vídeo digital, devidamente apreendidos nos presentes autos de Inquérito Policial, desde o dia 13/07/2022, o Ministério Público vem requisitando, com urgência, o encaminhamento ao Instituto de Criminalística para fins de perícia e análise minuciosa pelas equipes policiais", diz o despacho assinado pelo promotor Tiago Lisboa.
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No documento, o promotor destaca o fato de que a perícia no celular de Jorge Guaranho permitirá "acesso a todas a conversas travadas pelo agressor, sejam privadas ou em grupos, em todas as redes sociais que eventualmente este participasse".
O promotor Tiago Lisboa também pede urgência na "oitiva complementar de Vaguino Aparecido Gonçalves, a fim de que esclareça quem eram os outros dois associados da Aresf [onde ocorreu a festa de Marcelo Arruda] que se encontravam no churrasco de confraternização que era realizado na ASSEMIB".
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À Fórum, a defesa da família de Marcelo Arruda, representada pelo advogado Ian Vargas, declarou que as perícias dos celulares e das imagens das câmeras de segurança da Aresf são fundamentais para entender como Jorge Guaranho tomou conhecimento da festa do dirigente petista.
"Acreditamos que as perícias podem mostrar as pessoas com quem Guaranho teve contatos no dia bem como mostrar se alguém de fato mostrou a ele imagens do clube onde estava o Marcelo com sua família”, explica o advogado Ian Vargas.
O advogado Ian Vargas também que é que preciso levantar “se o Claudinei, que se suicidou, era responsável pelas câmeras, será preciso averiguar se o mesmo passou imagens ou comentou sobre o evento com Guaranho ou outra pessoa", disse Ian Vargas, advogado da família”.
Imagens descartam crime na morte de Claudinei Coco Esquarcini
A partir de imagens registradas por câmeras de segurança perto de um viaduto na Rodovia BR-277, na cidade de Medianeira (PR), averígua-se que, de fato, Claudinei Coco Esquarcini cometeu suicídio ao se jogar de um viaduto.
Esquarcini era um dos diretores da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), onde ocorreu o assassinato de Marcelo Arruda. Ele é apontado como a pessoa que mostrou imagens da festa de arruda durante um churrasco onde Jorge Guranho estava presente.
Durante a coletiva que apresentou a conclusão do inquérito sobre o assassinato de Marcelo Arruda, a delegada Camilla Cecconello fez menção, sem citar o nome, de que a testemunha que havia mostrado as imagens não tinha "agido por maldade" e que "jamais imaginou que Guranho ia fazer o que fez" e que, por conta disso, estava "muito abalada".