ELEIÇÕES 2022

Irmão de Marcelo Arruda sorri ao lado de Bolsonaro durante encontro no Planalto

De acordo com Otoni de Paula, que estava no encontro, presidente disse ser inaceitável clima de violência política que vive o Brasil

Magno Malta, José Arruda, Bolsonaro e Otoni de Paula.Créditos: Clauber Cleber Caetano/PR
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José Arruda, irmão de Marcelo de Arruda, petista assassinado em Foz do Iguaçu (PR) no último dia 9 pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quarta-feira (20), no Palácio do Planalto.

Na ocasião, José Arruda tirou foto sorrindo ao lado do presidente. Estavam presentes também o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) e o ex-senador Magno Malta.

De acordo com Otoni, Bolsonaro pediu desculpas a José Arruda por ter afirmado que as pessoas que chutaram Jorge após a troca de tiros eram petistas.

"O presidente se retratou com ele e reconheceu que aquela fala dele foi uma fala sem a devida informação verdadeira", disse.

O deputado disse ainda que foi ele mesmo que informou a Bolsonaro que a informação estava errada.

"Eu disse a ele a verdade também e o José também falou, que aquele ato, o chute, depois, não foi um ato provocado por um petista, foi um ato de um amigo do Marcelo bolsonarista", declarou.

Clima de violência

Otoni de Paula disse também que a reunião foi gravada e que talvez ela seja divulgada por Bolsonaro, que criticou o clima de violência política no país.

"Ele disse que na verdade esse clima de violência não pode perdurar e não deve perdurar e que esse clima é um clima inaceitável", afirmou. De acordo com o parlamentar, Bolsonaro prestou solidariedade à família e "foi taxativamente contra tudo o que aconteceu".

Mais tarde, em discurso em um culto evangélico em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, Bolsonaro classificou o ocorrido como "lamentável e injustificável" e afirmou que "a imprensa tentou colocar" o crime no colo dele.

"Destruímos narrativas, mostramos que me interessa conversar com ele para prestar solidariedade e ele veio falar comigo", afirmou.

Com informações da Folha