O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) voltou a acenar com possibilidade de golpe nesta segunda-feira (11), durante entrevista a um podcast. O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não aceitará eleições fraudadas e criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao ser questionado pelo entrevistador, ele disse não saber se a próxima eleição será fraudada e negou “pisar fora das quatro linhas”, com referência aos limites da Constituição.
Perguntado se o governo Bolsonaro aceitaria os resultados da eleição de outubro, o deputado respondeu: “Eu não vou aceitar eleição fraudada. Você aceitaria?”. Além disso, ele também duvidou sem provas sobre a urna eletrônica: “Meus representados não têm a segurança de que aquilo que eles digitam lá vai ser contado em Brasília de maneira apropriada”, disse.
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O jogo está rolando
Perguntado novamente mais uma vez sobre sua declaração de que não aceitaria “uma eleição fraudada”, entrou em contradição:
“Não, eu não falei isso. Ah, não, fraudada acho que ninguém aceitaria. E eu não estou falando que a eleição de agora será fraudada. Não tenho bola de cristal. Estou me precavendo de a Folha [Folha de S. Paulo] não botar um headline [manchete] lá e falar que eu vou causar um problema no Brasil”. E admitiu: “Não tenho como comprovar que [a eleição] foi fraudada”.
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Questionado se haveria um golpe caso o governo não aceitasse a eleição, Eduardo Bolsonaro não negou a possibilidade: “A gente não pode trabalhar com esse exercício de futurologia. O jogo ainda está rolando”.
Ao final, quando o entrevistador insistiu sobre um provável golpe, ele recuou: “Não, negativo. Mas eu não estou falando disso. Só uma democracia permite que você conteste o resultado de uma eleição”, e completou: “Dentro de um processo eleitoral. Mas não estou falando nada de pisar fora das quatro linhas”.
Veja o trecho abaixo: