O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, gerou mais uma crise internacional para o Brasil ao infantilmente mostrar um mapa das Ilhas Malvinas, no Atlântico Sul, como Falklands, o nome britânico do arquipélago, que é alvo de um litígio muito antigo entre Argentina e o Reino Unido, que culminou numa trágica guerra em 1982, em plena ditadura do ‘Proceso de Reorganización Nacional’. Os países sul-americanos, independentemente da orientação ideológica de seus governos, há décadas reconhecem o território como uma área que deveria ser entregue à Argentina, pois atualmente configura-se como um exclave anacrônico colonial em pleno continente.
A atitude provocativa e inconsequente do filho 03 de Jair Bolsonaro foi tomada durante um vídeo em que ele aparece fazendo um de seus comentários lunáticos e delirantes sobre um fantasioso “domínio comunista” na América Latina.
O jornal Clarín destacou o gesto agressivo do político brasileiro em seu site com uma matéria intitulada “Em Nova Polêmica, filho de Bolsonaro chamou de Falklands às Malvinas e qualificou Argentina como país comunista”, na qual salientou a paranoia de Eduardo, de seu pai e seus irmãos com o fantasma da foice e do martelo, além de lembrar que a provocação vem justamente na época em que o sangrento conflito relacionado à questão completa 40 anos.
Quem também reclamou da agressão gratuita foi o diário La Nación, que sob o título “O particular mapa do filho de Bolsonaro que marca a Argentina como um país comunista” ridicularizou o rebento presidencial, lembrando no fim do texto de sua menção provocativa às Malvinas.