VIOLÊNCIA POLÍTICA

Bolsonarista que atirou bomba contra ato de Lula vira réu e pode pegar até 6 anos de cadeia

Justiça ainda determinou a quebra de sigilo telefônico e telemático de André Stefano Dimitriu Alves de Brito, que está preso desde que atirou explosivos contra um ato político de Lula na Cinelândia

André Stefano Dimitriu Alves de Brito.Créditos: Reprodução
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O bolsonarista André Stefano Dimitriu Alves de Brito, que atirou um artefato explosivo contra um ato político do ex-presidente Lula (PT) na Cinelândia (RJ) no dia 7 de julho, se tornou réu nesta sexta-feira (15). A Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia feita pelo Ministério Público e agora Brito vai responder pelo crime de explosão, cuja pena pode chegar a 6 anos de prisão. 

Além de aceitar a denúncia, o juiz Tiago Fernandes de Barros determinou a quebra de sigilo telefônico e telemático do bolsonarista, com o intuito de descobrir quais foram as motivações do réu para o ato e se ele teve a ajuda de terceiros. 

Antes, em audiência de custódia, a juíza Ariadne Villela Lopes já havia chamado a atenção para a gravidade do crime cometido pelo bolsonarista, determinando sua prisão preventiva

“Atos dessa natureza mostram-se graves, principalmente por expor a risco concreto a integridade física de diversas pessoas, uma vez que é fato notório que no ato público em que supostamente foi praticada a conduta imputada ao custodiado havia milhares de pessoas, em aglomeração, o que dificulta a dispersão das pessoas que lá se encontravam”, afirmou a juíza na ocasião. 

André Stefano Dimitriu Alves de Brito está preso desde o dia 7 de julho, quando foi detido em flagrante logo após atirar o artefato explosivo contra participantes do ato político de Lula. Ninguém ficou ferido. 

Até 6 anos de cadeia

Agora réu, o bolsonarista responderá pelo crime previsto no artigo 251 do Código Penal, definido com “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. No caso de uma condenação, Dimitriu Alves pode pegar de três a seis anos de prisão.