CONGRESSO NACIONAL

Há uma "fascistização" do Centrão, que está em simbiose com o bolsonarismo, diz deputado

Para Rogério Correia, aprovação do Estado de Emergência na PEC Kamikaze mostra que "o Centrão está em simbiose com o neofascismo" de Jair Bolsonaro e Arthur Lira. "Fisiologismo fascista? É algo a ser estudado".

Rogério Correia.Créditos: Elaine Menke/Câmara dos Deputados
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Em entrevista ao Fórum Café na manhã desta quinta-feira (14), o deputado Rogério Correia (PT-MG), que denunciou as manobras de Arthur Lira (PL-AL) para aprovação da Pec Kamikaze, afirmou que o Centrão está em um processo de "fascistização"

"Eu falo da simbiose entre o vencer e vencer, que o Centrão colocou e o Lira encarnou isso. É a fascistização do fisiologismo do Centrão. Eles estão em simbiose, infelizmente", diz o deputado usando termo científico sobre a relação entre dois seres vivos que interagem de modo ativo para benefício mútuo.

Segundo o deputado, o Centrão vem aprofundando o velho estilo toma lá dá cá ao criar o "fisiologismo fascista".

"Isso piora ainda mais. Imagina o fisiologismo fascista? É algo a ser estudado. É um fenômeno que vem acontecendo. Não creio que seja meramente uma prestação de serviço do Centrão no velho estilo toma lá dá cá. Tem coisas piores por trás disso ai", afirmou. 

O deputado usou como exemplo a articulação entre Lira, o Centrão e Jair Bolsonaro (PL) para aprovar o estado de emergência embutido na PEC que liberou os gastos do governo em ano eleitoral.

"O PT e a esquerda votaram sim aumentando [o Auxílio Brasil] de R$ 400 para R$ 600 porque o povo passa fome. Nós não tinhamos como não votar numa situação de tanta miséria que o próprio Bolsonaro colocou. Então, nossa opção foi votar sim. Mas, não podíamos admitir que no interior dessa PEC tivesse um estado de emergência. Como é que a gente entrega para Bolsonaro, que é um fascista, um estado de emergência. Ainda mais com essa questão das Forças Armadas, ameaças ao TSE, ao Supremo. Por isso eu falo que o Centrão está em simbiose com o neofascismo".

Veja a entrevista na íntegra.