O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP), com o apoio de outros parlamentares da oposição, protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira (13), um petição para que se proíba a circulação de pessoas armadas nos locais de votação nos dias 2 e 30 de outubro, datas em que serão realizados o primeiro e segundo turno das eleições, respectivamente.
Pelo pedido, os únicos que poderiam circular armados nestes dias seriam membros das Forças de Segurança "que estejam no efetivo exercício da atividade policial ou de segurança".
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Os parlamentares que assinam a petição argumentam que a segurança dos eleitores e candidatos está em risco diante da escalada de violência política do campo bolsonarista que, no último sábado (9), culminou no assassinato do petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR). Segundo a petição, as ameaças às eleições que Jair Bolsonaro (PL) recorrentemente faz, agora, vêm se expressando através atos violentos.
"As ameaças e as condutas criminosas que até então se voltavam para o pleito eleitoral de per si, na perspectiva de questionamento da segurança do processo de votação e até mesmo de não acatamento do resultado que o sufrágio vier a expressar, vem-se transmudando (alimentada e incentivada pelos ataques iniciais) em violência efetiva, como se viu nos recentes atentados perpetrados contra a candidatura presidencial do Partido dos Trabalhadores, culminando com o assassinato, no último sábado, de um cidadão militante e dirigente do PT, no município de Foz do Iguaçu (PR)", diz um trecho do documento.
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"O processo eleitoral, a segurança dos eleitores e dos candidatos, notadamente os de oposição ao Governo vigente, estão sob elevado risco, inclusive de vida, num momento em que se agudizam as ameaças e os ataques da turba ensandecida, incentivadas e estimuladas pelo canto do aboio que desde o início do atual mandato presidencial se faz presente, como expressão de ódio, intolerância e incapacidade de convivência democrática", prosseguem os parlamentares.
Em 2018, inúmeros eleitores de Bolsonaro, em diferentes estados, foram até suas sessões eleitorais armados com o intuito de intimidar apoiadores de outros candidatos. Muitos chegaram, inclusive, a apertar os números nas urnas usando suas armas.