CRIME DE ÓDIO

"Você me deu razão para viver: nossa filha Helena e nosso bebê Pedro", diz esposa de Marcelo Arruda em carta emocionada

"Queria tanto que tempo voltasse pra mudar o resultado dessa dor… teríamos permanecidos em casa bem quietinhos para que nada pudesse acontecer. Que essa energia do ódio não tivesse nos atingidos", diz Pamela.

Marcelo Arruda, Pamela Silva e os filhos: Helena e Pedro.Créditos: Reprodução/Facebook
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Em uma carta emocionada publicada nas redes sociais na manhã desta terça-feira (12), Pamela Silva fala da dor da perda do marido, o guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado covardemente pelo policiai bolsonarista Jorge José Guaranho no último fim de semana.

"Você me deu razão para viver… primeiro nossa filha linda e inteligente a Helena, e agora nosso bebê Pedro (oh nego)", diz Pamela, sobre os filhos do casal, o mais novo com 40 dias de vida.

Pamela ainda lembra o bom humor do marido - "sempre havia uma piada, uma sacanagem" - e fala do amor nos mais de 10 anos juntos.

"Você não poderia ter ido meu mastercheff favorito! Esses não podem ser o plano divino… meu deus quanta dor….quero sentir seu cheiro ainda, quero seus abraços, quero sentir o calor da sua pele", escreve.

"Eu ainda não sei viver sem você. Como me dizia que eu era uma mulher forte e inteligente vou tentar encontrar uma maneira de amenizar minha dor e dos pequenos  mas não agora, não consigo", emenda Pamela.

Policial civil, que evitou uma chacina ao se jogar em cima do assassino e permitir a reação de Marcelo - que acertou três tiros no bolsonarista -, Pamela diz ainda que gostaria que o tempo voltasse para que a família não fosse atingida pela "energia de ódio".

"Queria tanto que tempo voltasse pra mudar o resultado dessa dor… teríamos permanecidos em casa bem quietinhos para que nada pudesse acontecer. Que essa energia do ódio não tivesse nos atingidos".

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