Em entrevista ao Fórum Café na manhã desta sexta-feira (12), Luiz Henrique Dias, amigo há 30 anos de Marcelo Arruda - que foi seu vice na chapa que disputou a prefeitura de Foz do Iguaçu em 2020 -, afirmou que ninguém na festa conhecia o bolsonarista Jorge José Guaranho que, segundo ele, esteve no local para "matar os petistas".
"Fiquei o tempo em contato com a Pamela [esposa de Marcelo] e com o filho mais velho deles: ninguém conhecia esse cara [Guaranho] no círculo do Marcelo. Então, esse papo que eu já vi rolando entre bolsonaristas: 'ah, porque era uma rixa', não [existe]. O cara foi lá simplesmente porque ele sabia que tinha uma festa. Ele não foi para atingir o Marcelo. Ele não foi para atingir a Pamela. Ele foi para matar os petistas que estavam lá", disse ele, que esteve na festa.
Te podría interesar
Luiz Henrique afirmou ainda que se não fosse a ação de Pâmela, que é policial civil e empurrou o bolsonarista, o que permitiu a reação de Marcelo, haveria uma "chacina" no local.
"Ela estava com o bebê lá, foi a primeira vez que ela saiu com o bebê. Na hora que aconteceu o bebê estava com alguém. O Marcelo salvou a família dele. Tinha criança lá. A ação da Pamêla, que está de licença maternidade, foi muito corajosa e o fato dele ter pulado em cima do cara foi fundamentalmente para que o Marcelo tivesse uma reação para evitar uma tragédia maior. Eu vi no boletim de ocorrência que tinham 11 projéteis ainda. Ele poderia ter descarregado essa munição e mais ninguém ali estava armado. Então, poderia ser realmente uma chacina", contou.
Te podría interesar
Luiz Henrique ainda destacou o caráter pacifista de Marcelo, que nasceu na favela do Cemitério, em Foz do Iguaçu, e abriu mão de disputar as prévias do PT para a prefeitura em favor do amigo.
"O Marcelo gravou o primeiro programa eleitoral dele (em 2018) na favela do Cemitério, onde ele cresceu. Uma favela que fica na barranca do Rio, na fronteira do Brasil com o Paraguai. E nós gravamos no meio de onde o povo sofre. O Marcelo sempre dizia: Luiz, eu sou favelado, eu vim da favela, eu passei no concurso público, mas eu não esqueço de onde eu vim. E ele desceu lá - o cara é polícia - e as pessoas reconhecem: o Marcelo morou aqui, ali, veio no barzinho comprar suspiro. O Marcelo era biólogo de formação, defensor dos animais, dos nossos córregos", disse Luiz Henrique.
Assista à entrevista na íntegra.