ELEIÇÕES 2022

Randolfe: Bolsonaro deve ser responsabilizado no TSE por "discurso de ódio" e "incitação à violência"

A declaração do senador ocorre após um militante bolsonarista invadir a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, e o assassinar a tiros

Randolfe: Bolsonaro deve ser responsabilizado no TSE por "discurso de ódio" e "incitação à violência".Créditos: Twitter/Reprodução
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou, por meio de suas redes sociais, que vai entrar com uma representação no Tribuna Superior Eleitoral (TSE) para responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por "discurso de ódio" e "incitação à violência". 

Para Randolfe, o momento pede que todos aqueles que fazem parte do campo democrático se unam e atuem para impedir o avanço da "barbárie bolsonarista". 

"As instituições, candidatos e partidos comprometidos com a democracia têm a obrigação de reagir ao avançar da barbárie bolsonarista. Ainda esta semana iremos propor representação ao TSE para responsabilizar Jair Bolsonaro por discursos de ódio e incitação à violência", escreveu Randolfe. 

 

A declaração de Randolfe Rodrugues se dá após o dirigente petista Marcelo Arruda ter sido assassinado a tiros por um militante bolsonarista durante a sua festa de aniversário na noite deste sábado (9) durante a sua festa de aniversário, em Foz de Iguaçu. 

 

Barbárie: Bolsonarista assassina líder do PT em Foz do Iguaçu durante festa de aniversário

 

O primeiro assassinato político do bolsonarismo na campanha eleitoral 2022 aconteceu nesta madrugada em Foz do Iguaçu (PR). O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) em sua festa de 50 anos de idade após levar três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH).

Marcelo havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020, era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município e tesoureiro do PT em Foz. A festa acontecia na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), toda ela com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. Veja abaixo o vídeo da festa antes do assassinato. 

O assassino interrompeu a festa cerca de 20 minutos antes do assassinato. Ele parou seu carro do lado de fora da Aresfi, onde acontecia a comemoração, aos gritos de “é Bolsonaro, seus filhos da puta”. Ele estava com sua esposa e filha no carro. Quando Marcelo Arruda saiu da festa para ver o que acontecia, o assassino apontou o revólver, enquanto a mulher gritava, “para com isso, vamos embora”. Ele deixou o local em seguida, prometendo voltar aos gritos: “Eu vou voltar e matar todos vocês, seus desgraçados”

Ato contínuo, Marcelo foi até seu carro e pegou seu revólver funcional, afirmando a uma pessoa da festa, "vai que esse maluco volta mesmo, eu não vou ficar desprevenido”. A festa prosseguiu por mais 20 minutos até que o bolsonarista assassino voltou e invadiu o local de arma em punho. Marcelo identificou-se como guarda municipal, mostrando seu distintivo e já com sua arma nas mãos, mas de nada adiantou. Guaranho disparou duas vezes com sua pistola uma Taurus 24/7  calibre40


O primeiro tiro foi na perna de Marcelo Arruda, que caiu. Como numa execução, o policial penal federal aproximou-se e deu outro tiro. O líder do PT recebeu o tiro nas costas, conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”.

O líder do PT morreu pouco depois e o assassino segue internado em uma UTI da cidade

Marcelo Arruda deixa esposa e quatro filhos, sendo uma menina de seis anos e um bebê de apenas 1 mês.