A mãe do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, bolsonarista ferrenho que matou o guarda civil Marcelo Arruda, militante petista do diretório de Foz do Iguaçu (PR), só porque a festa de aniversário de 50 anos da vítima tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, quebrou o silêncio diante da tragédia protagonizada por seu filho e deu uma entrevista ao portal UOL.
Dalvalice Rosa confirmou que o filho havia se radicalizado na defesa dos ideais do presidente Jair Bolsonaro e admitiu que não vê outra razão para o ato desarrazoado do policial penal, que segue internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, ferido com três tiros (nas pernas e no rosto) e com traumatismo craniano, esperando uma vaga de UTI na região.
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“Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia”, disse a mãe do assassino.
Naturalmente, Dalvalice, mesmo abalada e indignada com a atitude de Guaranho, segue aguardando uma evolução no quadro de saúde do filho, e disse ao UOL que, se pudesse, teria evitado tudo isso por conta da dor da outra família, que está sendo imensa, e que ninguém saiu ganhando com a violência perpetrada pelo radical.
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“Se eu estivesse lá, teria tentado impedir que isso acontecesse. Mal consigo imaginar a dor da outra família. Não se discute sobre religião, futebol, e política... Ninguém ganhou nada com essa provocação, só houve perdedores”, acrescentou Dalvalice, que confirmou ainda uma versão de que Guaranho fazia uma espécie de “ronda” na associação da qual fazia parte, onde a festa de Arruda ocorria, e que o no dia do crime ele teria colocando músicas pró-Bolsonaro num volume bem alto em seu carro, possivelmente para provocar os participantes do aniversário, mesmo o homicida estando com a esposa e um bebê de três meses no veículo.