O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi aconselhado por seu comitê de campanha a gravar um vídeo criticando o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, assim que as notícias de assédio sexual foram publicadas na terça-feira (28), pelo site Metrópoles, para tentar diminuir o desgaste, mas se negou.
De acordo com a coluna de Bela Megale, a campanha queria que ele gravasse um vídeo em que se mostrasse solidário às vítimas e defendesse as investigações, enfim, que o presidente condenasse abertamente o comportamento do aliado. Chegaram a redigir um texto para Bolsonaro ler, mas ele se negou.
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A demora do presidente em demitir Guimarães e se posicionar sobre as denúncias de assédio causou constrangimento até entre membros do primeiro escalão do governo.
Caixa admite que recebeu denúncia
Por outro lado, a Caixa admitiu pela primeira vez, logo após a demissão de Pedro Guimarães, que recebeu “relato” de assédio sexual dentro da instituição pelo canal de denúncias. Segundo a nota divulgada na noite desta quarta-feira, há uma investigação sigilosa em andamento na Corregedoria.
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A investigação interna, conforme a Caixa revelou, está em andamento desde maio de 2022 e que entrou em contato com “o/a denunciante”. Disse ainda que realizou diligências internas. Ainda nesta quarta-feira, o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal notificou a Caixa para que entregue a relação de denúncias feitas contra o ex-presidente da estatal.
A Caixa chegou a afirmar logo após a publicação da reportagem do Metrópoles que não tinha "conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo".
Com informações do Globo