ASSÉDIO SEXUAL

Para reduzir estrago eleitoral, Bolsonaro cogita mulher, braço direito de Guedes, para presidência da Caixa

Daniella Marques é uma espécie de "alter ego" de Guedes e chegou a ser retida pela Polícia Legislativa ao tentar impedir Maria do Rosário de conversar com o chefe após audiência na CCJ em 2019.

Daniella Marques Consentino em live com Jair Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Youtube
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Para reduzir o estrago eleitoral, especialmente no eleitorado feminino, após divulgação de denúncias sobre assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa contra Pedro Guimarães, Jair Bolsonaro (PL) cogita colocar no comando do banco estatal a economista Daniella Marques Consentino, Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e braço direito de Paulo Guedes.

O nome de Daniella tem certa rejeição dos aliados do Centrão, mas teria sido aceito por causa do potencial de impacto que as denúncias de assédio sexual podem causar no eleitorado feminino.

Ao demitir Guimarães e colocar Daniella em seu lugar, Bolsonaro daria um aceno de que seria intolerante com eventuais casos de violência contra a mulher junto a apoiadoras, para estancar uma debandada do eleitorado feminino que o apoia, especialmente no meio religioso.

Retenção na Câmara

Alçado ao governo após trabalhar com o ministro da Economia na iniciativa privada - na Bozano Investimentos -, Daniella chegou a ser retida pela Polícia Legislativa em abril de 2019 ao tentar impedir a deputada Maria do Rosário (PT/PR) de falar com Guedes durante depoimento dele à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Daniella é uma espécie de "alter ego" de Guedes. Ela chegou a Brasília junto com ele, no início do governo Jair Bolsonaro, mas sempre foi avessa a holofotes e atuou nos bastidores. Ela costuma ter o aval do ministro para negociar em seu nome com parlamentares ou com o Planalto.