As denúncias de assédio sexual por funcionárias da Caixa Econômica Federal (CEF) podem provocar um efeito dominó no comando do banco estatal, que segundo uma das vítimas vive uma "cultura" de violência contra a mulher desde 2019, quando Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Planalto.
Reportagem de Julia Duailibi, da Globo, afirma que as funcionárias que denunciaram o assédio sexual de Pedro Guimarães temem que com a demissão dele assuma o atual vice-presidente, Celso Leonardo Barbosa, que "também causa temor entre mulheres que trabalham no banco".
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Barbosa não é funcionário de carreira do banco e foi levado ao posto de vice-presidente por Guimarães. O nome dele já criou cisão entre o presidente da Caixa e o Centrão. Guimarães sempre disse que Barbosa seria seu sucessor, enfurecendo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que tenta emplacar um nome ligado,
Segundo a jornalista, mais casos de assédio sexual no banco devem vir à tona com a demissão de Guimarães, que deve acontecer nas próximas horas.
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“Virou uma ‘cultura’ da empresa”, disse uma funcionária à repórter da Globo, que confirmou a investigação das denúncias junto ao Ministério Público Federal (MPF).
Após conversa com Bolsonaro, que se irritou e tratou o caso como "inadmissível", Guimarães teria virado a madrugada com uma equipe de assessores tratando da carta de renúncia.