Em entrevista a Rentato Rovai e Dri Delorenzo no Fórum Onze e Meia desta terça-feira (28), o cientista politico Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi afirmou que somente grupos que ainda têm algum interesse no governo insistem em uma "ficção" para não enxergar o óbvio: Jair Bolsonaro (PL) não ganha de Lula (PT).
"É uma ficção. Por que essas pessoas ficam hesitando em constatar o óbvio? Bolsonaro não ganha de Lula. Não existe hipótese disso", disse Coimbra, que emnda: "agora pode haver torcida, você pode torcer para... como chama aquele time de Pernambuco que perdeu de todo mundo? O Ibis".
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Para Coimbra há grupos de interesse que ainda insistem na possibilidade de vitória de Bolsonaro por ser "vantajoso".
"Tem gente para quem é vantajoso fingir que Bolsonaro ainda está vivo. Essa turma, por exemplo, que quer vender tudo o que ainda tiver para vender nas empresas públicas. Não estão querendo vender a Eletrobras a 3 meses da eleição em que o principal defensor dessa tese vai perder? E se bobear vende a Petrobras também. E se bobear vende a Caixa [Econômica Federal], vende tudo. Só para quem tem esse tipo de interesse é que faz sentido cultivar a ficção de que Bolsonaro ainda tem a carta na manga da empresária fulana de tal que vai ajudar na eleição entre as mulheres", comentou.
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Coimbra ainda falou dos interesses de políticos do Centrão, que tomaram o controle de parte dos recursos da União por meio do orçamento secreto.
"E tem o pessoal do Centrão, que pergunta para o Arthur Lira [presidente da Câmara] quanto ainda dá para ganhar de agora até outubro. Uma grana. Porque como ele pode inventar um impeachment do Bolsonaro hoje e amanhã colocar para votar, ele ainda tem digamos assim 'argumentos' para chegar no Paulo Guedes e dizer: passa aqui mais R$ 20 bilhões que tem um povo aqui do nosso lado que está com dificuldade nas eleições em Rondônia, Roraima, Maranhão e essa turma precisa convencer os prefeitos a ficarem com eles".
Para Coimbra, há dois setores da sociedade a quem convém manter a ficção de que Bolsonaro não morreru: "banqueiro e centrão".
Assista à entrevista.