ELEIÇÕES 2022

Em desespero, Bolsonaro ataca Datafolha e diz que negociou com Putin compra de diesel russo

Bolsonaro voltou a incitar apoiadores com ataques às pesquisas e a Alexandre de Moraes, ministro do STF que assume a presidência do TSE em agosto: "Se tivesse um inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha”.

Jair Bolsonaro.Créditos: Clauber Cleber Caetano/PR
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Em desespero com as pesquisas de intenção de votos, que mostram a possibilidade de uma vitória de Lula (PT) no primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) atacou o Instituto Datafolha e disse a apoiadores que negocia com Valdimir Putin a compra de diesel russo para tentar baixar o preço e evitar desabastecimento, que pode concretizar sua derrota eleitoral.

As declarações foram feitas a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (27). Irritado com o resultado do último Datafolha, que mostra Lula com 53,4% dos votos válidos no primeiro turno, Bolsonaro disparou contra o instituto mirando também o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se tivesse um inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha”, disse a apoiadores.

Diesel russo

Na tentativa desesperada de baixar os preços dos combustíveis, que afeta diretamente a inflação e, consequentemente, as pesquisas eleitorais, Bolsonaro ainda afirmou que na conversa com Vladimir Putin negociou a compra de diesel russo, que sofre boicote dos países da Otan desde o início da guerra na Ucrânia.

"Conversei com o presidente Putin, hoje, da Rússia. Trocas comerciais entre nós. Temos aí a segurança alimentar e a segurança energética. Então, há chance de comprarmos diesel de lá. Fica, com toda certeza, um preço mais em conta", disse Bolsonaro.