A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), emitiu mais um sinal de que está disposta a conversar com Lula (PT) para definir seu apoio pessoal à candidatura presidencial, visto que a Rede já faz parte da coligação de partidos que formam o movimento Vamos Juntos pelo Brasil.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Marina, que já definiu seu apoio a Fernando Haddad (PT) na disputa ao governo paulista, fez nova sinalização a Lula.
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"As divergências são de natureza política. Na democracia a gente conversa, mesmo numa situação como a que está posta hoje de ameaça à democracia", disse.
A ex-ministra, no entanto, afirmou que a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) é fruto da falta de "alternância no poder" desde 2010, quando Lula levou Dilma Roussef (PT) a vencer as eleições - um dos principais motivos da mágoa de Marina, que gostaria de ter sido a candidata.
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"A sociedade sinalizou por três vezes: em 2010, 2014 e em 2013 com as manifestações. Quando você consegue tirar três camadas que dizem: ‘olha, por favor, façam mudanças, é por aqui no campo democrático, a alternância de poder é parte da democracia’ e isso não é ouvido, retirada as três camadas, o que aflorou foi o pior do pior que estava recalcado. Aflorou o desmonte das políticas públicas, isso que a gente está vendo, que está posto", declarou.
Marina disse ainda que a decisão de sair candidata a deputada federal é uma "deliberação do partido", mas que a decisão dela "não está 100% tomada".
Na esfera estadual, a ex-ministra do Meio Ambiente disse que "a Rede decidiu por unanimidade apoiar Haddad e isso inclui meu voto" e que o desafio agora é fazer com que Márcio França, pré-candidato do PSB ao governo do Estado, desista da candidatura para se unir à aliança.
"Concordo com o que Haddad falou na Roda Viva: fundamental agora é aprofundar o diálogo com o PSB para ver se o campo democrático popular sai unido aqui em São Paulo e a Rede se esforça no sentido de que tenha o melhor desfecho para isso".