A ex-ministra Marina Silva, pré-candidata ao Legislativo nas eleições de outubro de 2022 pela Rede, deu uma declaração nesta sexta-feira (3) que indica que ela deve apoiar o ex-presidente Lula (PT) já no primeiro turno. Apesar de a Rede ter fechado apoio ao candidato do PT, Marina é mais reticente com o apoio. Conversas tem sido realizadas desde março para selar uma reaproximação.
“Não me oriento pelo terreno dos rancores. O que existem são divergências políticas, e não subjetivas. E, por isso, posso até ter diferenças com o partido e o candidato, mas eles têm compromisso com a democracia e, no momento, são eles que reúnem as melhores condições para derrotar Bolsonaro”, disse Marina em entrevista à coluna Radar, da Veja.
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No último mês, Marina disse que estava aberta ao diálogo com Lula. "Eu defendo a Justiça social, os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável. É com base nessas agendas que me disponho ao diálogo. Só os autocratas não se dispõem ao diálogo. Estou aberta ao diálogo não em cima de subjetividades, se é raiva ou mágoa. Eu e Lula temos, em várias questões da vida, algumas afinidades e algumas divergências. Essas divergências se aprofundaram e eu saí do governo, mas sempre mantive contato com os demais membros do governo", afirmou, na ocasião.
A declaração foi dada dias depois da Rede oficializar apoio a Lula. No evento, o ex-presidente lamentou a ausência da ex-ministra.
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"Eu esperava que a Marina Silva estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga. Eu não sei o porquê às vezes demonstra momentos de raiva, mas quero dizer que eu apresendi a gostar da Marina ainda quando era menina no Acre", declarou Lula.
Um dos principais articuladores da reaproximação é o ex-ministro Fernando Haddad, que tem o apoio da Rede para sua pré-candidatura do governo de São Paulo.