O ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin participaram de uma reunião na manhã deste sábado (4) para tratar da relação entre desenvolvimento econômico e meio ambiente e a crise climática. Lula elogiou a gestão de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente (2003-2008), sinalizando uma aproximação cada vez maior com a líder da Rede, e anunciou que não haverá mineração em terras indígenas.
“A gente tem que ter coragem para dizer: não haverá garimpo em terra indígena", disse Lula, ao lado de Alckmin. Ele foi adiante: “As terras que forem demarcadas como áreas de proteção ambiental terão que ser respeitadas”.
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Além de Marina Silva, Lula, elogiou as gestões de Carlos Minc (2008-2010) e Izabella Teixeira (2010-2016) no Ministério -neste domingo, o mundo celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente. O encontro foi organizado pela Fundação Perseu Abramo.
Em seu discurso, Lula sinalizou uma inflexão na política desenvolvimentista do seus dois primeiros governos, com uma preocupação maior com a preservação ambiental. Lula alinhou-se com o discurso mais avançado dos governos progressistas em todo mundo e afirmou que “o meio ambiente precisa ser visto como um meio de desenvolvimento do país”. E completou: “Temos que olhar para a floresta e pensar em como desenvolver e mantê-la em pé”.
Lula afirmou compromisso com a reconstrução de órgão essenciais para a agenda ambiental, como o Conama, Ibama, Instituto Chico Mendes: “Tudo isso nós teremos que retomar”.
Sérgio Nobre, o primeiro a falar depois do presidente da Fundação, Aloizio Mercadante, afirmou que o mundo vive uma emergência ambiental e desabafou: “era impossível imaginar dez anos atrás que sairíamos da liderança da agenda ambiental do país para a situação lastimável de hoje, tornando-nos o maior pária ambiental do planeta”.
Assista à reunião: