Na inauguração do vice-consulado brasileiro em Orlando, nos EUA, na manhã deste sábado (11), Jair Bolsonaro (PL) mostrou toda a submissão ao país da América do Norte, rasgou elogios e afirmou que os brasileiros que são sadios buscam oportunidades por lá.
"Aqui é um retrato da grande parte sadia do povo brasileiro que busca oportunidades, que não conseguem em seu país, ou acompanham parentes", disse durante seu discurso na abertura do vice-consulado, que não teve os gastos revelados pelo governo.
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Ao lado de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e do prefeito de Miami, o republicano Francis Suarez, Bolsonaro disse ainda que "confessou a Joe Biden [presidente dos EUA] que, desde criança, admirei o povo americano".
"Temos muita identidade, em especial, na questão de valores, no tocante à liberdade de religião. Essa liberdade também é o bem maior que qualquer povo pode ter, a liberdade de expressão, na sua forma mais ampla possível”, emendou.
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O presidente mencionou a eleição e lembrou que "em 2018, ultrapassamos 90% dos votos conseguidos nessas regiões".
Transposição do Rio São Francisco
Bolsonaro ainda quase cometeu ato falho. Ao falar que concluiu as obras do São Francisco, ele sinalizou que diria quem começou as obras - que foram iniciadas no governo Lula -, mas consertou à tempo e falou que foi Dom Pedro quem deu início à empreitada.
"Nós temos que nos antecipar a problemas. E isso é importantíssimo, até na questão de obras no Brasil. Falei que não quero uma grande obra pra mim, eu quero é concluir obras. E uma das coisas fantásticas que concluímos foi a transposição do Rio São Francisco, obra que começou com Dom Pedro", disse engasgando e soltando um riso de canto de boca.
Bolsonaro se dirigi agora a Miami, onde participa de uma motociata organizada por um movimento liderado por um pecuarista da Amazônia que vende carne nos EUA e disse que pode se encontrar com Allan dos Santos, que fugiu para os EUA após ser denunciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como comandante da milícia digital que propaga fake news e discurso de ódio nas redes.
"Se ele (Santos) estiver presente eu falo com ele, é um cidadão. Sem problema nenhum. É um cidadão brasileiro, se expressou, se foi bem ou mal, sua pena jamais poderia ser ameaça de prisão", diz Bolsonaro.
Indagado se isso não seria uma afronta ao STF, o presidente brasileiro disse que "o Supremo tem que entender que eles não são deuses. Todos nós somos autoridades subordinadas à Constituição. Alguns do Supremo, não são todos, têm que tirar da cabeça que não são os todos poderosos".