Numa ação convergente, líderes e ativistas do bolsonarismo, do grupo duginista Nova Resistência e do PCO atacaram ao longo da semana nas redes sociais tanto o jornalista inglês desaparecido Dom Phillips como a coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Enquanto há uma onda nacional e internacional de solidariedade ao jornalista e de exigência de investigação sobre seu desaparecimento, ativistas das três correntes acusaram-no de “agente do imperialismo e das ONGs”.
Quanto a Guajajara, foi atacada por ter relatado o caso ao ex-secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e solicitado um posicionamento. A “acusação” à líder indígena é a de ter dialogado com Kerry, enviado especial do governo Biden para o tema do clima, durante evento da Time em Nova York, que reuniu as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2022, na visão da revista.
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Guajajara postou em seus perfis a conversa: "Acabei de encontrar o enviado especial do Clima do governo Biden aqui no evento da Time e tive a oportunidade de falar sobre o desaparecimento de Dom e Bruno no vale do Javari, pedi a ele um posicionamento sobre essa violência no Brasil com os indígenas e nossos aliados". Veja:
O tuíte foi o suficiente para a fúria de bolsonaristas, duginistas, líderes do PCO e algumas pessoas de outras vertentes da esquerda abater-se sobre ela.
Veja, em primeiro lugar, os ataques a Dom Phillips:
E, agora os ataques a Sônia Guajajara: