ELEIÇÕES 2022

Chapa com França em SP é "improvável, mas possível", diz Haddad

Pré-candidato do PT ao governo estadual, Haddad diz que tentará o entendimento com França nas próximas duas semanas. mas adiantou que "se eu for para o segundo turno, ele vai subir no palanque, e vice-versa"

Fernando Haddad e Márcio França.Créditos: Arquivo Pessoal
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Em entrevista ao Fórum Café na manhã desta segunda-feira (9), Fernando Haddad (PT) afirmou que uma chapa com Márcio França (PSB) na disputa ao governo de São Paulo é "improvável, mas possível".

"Eu acho uma aliança de primeiro turno improvável, mas possível. Nós vamos continuar trabalhando, temos aí duas ou três semanas para tentar o entendimento. Mas, se não for possível jamais o candidato do PSB estará no meu radar para sofrer críticas", disse, enfatizando que a chapa presidencial, com Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), é primordial no entendimento dos dois partidos.

"Ele vai apresentar a proposta dele e eu a minha. Nós vamos nos respeitar no primeiro turno. E tenho certeza que se eu for para o segundo turno, ele vai subir no palanque, e vice-versa", emendou.

O petista diz que vê como "natural" a insistência de França em sair candidato.

"Pelas características, o maior colégio eleitoral do país, é natural que o PSB queira ter candidato", disse Haddad.

"Não acho possível a ida de nós dois para um segundo turno. Pode ser, pode acontecer. O que eu posso te dizer: eu vou fazer todo esforço para trazer a Rede e o PSOL para a coligação e aí com PV e PCdoB nós vamos estar numa situação bem legal, uma frente ampla progressista como São Paulo precisa, para afastar definitivamente o fascismo, as milícias. Imagina São Paulo com as milícias do Rio? O Bolsonaro quer trazer as milícias para cá e nós não podemos nem imaginar uma coisa dessa", emendou.

Única via

Haddad ainda afirmou que chapa Lula/Alckmin é a "única alternativa" para a democracia no Brasil e criticou a busca desenfreada pela mídia liberal, que usam concessões públicas para insistir em uma candidatura da terceira via.

"A imprensa normaliza ainda hoje uma situação de fome, de miséria de desesperança. [...] Acho que ainda os meios de comunicação não se deram conta - e estou falando de concessionários de serviço público -, eles não estão prestando o serviço que deveriam a favor da liberdade, da democracia, da decência, da seriedade na política e ainda passam a imagem de que uma outra alternativa é possível para além da chapa Lula/Alckmin. Não há alternativa à chapa Lula/Alckmin. A alternativa é o caos e a barbárie permanente", afirmou.

Assista à entrevista no Fórum Café.