Secretários e servidores do Ministério da Economia organizaram, há alguns meses, um bolão secreto, sobre quem vencerá as eleições de outubro.
Longe de Paulo Guedes, os servidores da pasta - embora em sua a maioria sejas bolsonaristas - acreditam na vitória de Lula.
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Na visão de um secretário (que não teve o nome revelado) e que aposta na vitória de Lula, o governo de Bolsonaro está errando na "divulgação de suas entregas", e não haveria mais tempo (em ano eleitoral) de reverter o estrago.
O negacionismo de Bolsonaro na pandemia também é visto internamente como uma das razões pelas quais o presidente deve ser derrotado nas urnas.
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De fato, o caminho da reeleição do atual presidente não será fácil, segundo as últimas pesquisas eleitorais.
A última pesquisa divulgada pelo Datafolha na noite desta quinta-feira (26) mostrou que o ex-presidente Lula (PT) atingiu 54% dos votos válidos entre os eleitores ouvidos pelo instituto, o que lhe garantiria a vitória na corrida presidencial já no primeiro turno.
Nos votos totais, o petista obteve 48% das intenções de voto, contra 27% de Jair Bolsonaro, o que mostra uma ampla vantagem de 21% do antigo mandatário.
O mesmo levantamento também mostra que a avaliação negativa do governo Bolsonaro (PL) atingiu 48%, oscilando dentro da margem de erro na comparação com a anterior, de março, quando o índice dos que consideram a gestão ruim ou péssima foi de 46%.
O levantamento revela que também se mantiveram estáveis, as taxas dos que consideram o governo regular 27% e dos que o avaliam como ótimo ou bom com 25%. A fatia de 1% não opinou.
Os 48% que avaliam negativamente a gestão bolsonarista são identificados em meio ao empobrecimento acelerado pela crise econômica, com a disparada de preços de combustíveis, dos alimentos e o retorno da inflação que registrou no acumulado em 12 meses até abril. O IPCA ficou em 12,13%, maior nível desde outubro de 2003 (13,98%).