A nova pesquisa Datafolha mostra que a avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) atingiu 48%, oscilando dentro da margem de erro na comparação com a anterior, de março, quando o índice dos que consideram a gestão ruim ou péssima foi de 46%.
O levantamento mostra que também se mantiveram estáveis, as taxas dos que consideram o governo regular 27% e dos que o avaliam como ótimo ou bom com 25%. A fatia de 1% não opinou.
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A pesquisa também identificou que as mulheres que consideram sua gestão ruim ou péssima registram 51% em relação aos homens, com 45%. Entre os moradores do Nordeste, 55% também consideram a gestão ruim ou péssima, assim como funcionários públicos (61%), brasileiros com ensino superior (54%) e eleitores de Lula (73%).
Os 48% que avaliam negativamente a gestão bolsonarista são identificados em meio ao empobrecimento acelerado pela crise econômica, com a disparada de preços de combustíveis, dos alimentos e o retorno da inflação que registrou no acumulado em 12 meses até abril, o IPCA ficou em 12,13%, maior nível desde outubro de 2003 (13,98%).
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As taxas da reprovação a Bolsonaro já sinalizam tendências de maior rejeição e de menor probabilidade de voto pela continuidade do governo dele no pleito de outubro.
A pesquisa Datafolha mostrou ainda que o "turbinamento" do Auxílio Brasil, aposta eleitoreira de última hora para melhorar a popularidade do presidente não está sendo suficiente para levá-lo à reeleição.
Entre pessoas que recebem o auxílio ou moram com beneficiários do programa, a reprovação é de 45% e a nota regular é de 34%. Já a aprovação do governo entre os beneficiários do programa fica em 19%, abaixo da média geral.
Já entre as pessoas que não têm acesso ao auxílio, as taxas são bem próximas ao resultado na população geral: 49% de ruim ou péssimo, 27% de ótimo ou bom e 24% de regular.
A comparação entre a pesquisa deste mês e a de março demonstra uma variação sensível na taxa de reprovação entre pessoas de 45 a 59 anos, teve um salto de 43% para 50%, e na faixa dos que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, de 40% para 49%.
Já os percentuais de bom ou ótimo são superiores nas bolhas evangélica com 35% e de empresários (48%).
Também é nítida a preferência dos mais ricos, com renda familiar de cinco a dez salários. Nesse meio, a taxa de aprovação bate 35% e salta para 45% na faixa acima dos dez salários.
Entre os que pretendem votar em Bolsonaro, a percepção de que ele faz um governo ótimo ou bom ficou na casa dos 72%. Os que consideram a gestão regular são 27%, e 1% a reprova.
O levantamento foi feito com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, nesta quarta (25) e quinta-feira (26). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. A pesquisa foi contratada pela Folha e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022.