Em mais uma fase de mudança de personalidade, a ativista de extrema direita Sara Giromini, 29, decidiu abandonar o codinome "Winter" pelo qual ficou conhecida no Brasil, e colocou no lugar o sobrenome "Huff" do marido texano, Joseph Huff, 39.
Com isso, segundo ela, a militância bolsonarista de rua ficará no passado. E, apesar ter se casado com um norte-americano, por enquanto continuará morando no Brasil para cuidar do filho que, diz ela, teria ficado traumatizado com sua prisão em 2020. No entanto, Sara afirma que somente após alta psiquiátrica do filho, a família poderá sair do país.
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Sara, a "Winter" é um dos alvos dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Por conta disso foi presa e teve que usar tornozeleira eletrônica. Ela diz que foi liberada das medidas cautelares em julho do ano passado. Nesse período, afastou-se do clã bolsonarista que, por sua vez, também a abandonou.
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A ativista de extrema direita disse que ela e sua família "carregam as marcas do envolvimento íntimo com a política" e que agora "precisam se cuidar".
"Tenho acompanhado as eleições de longe. Penso que as pessoas colocam muita fé na política partidária em ambos os lados. Acredito que o esforço que ambos os lados fazem para apoiar seus candidatos talvez fosse melhor empregado com ações de caridade em um nível local. Tenho a esperança de o Brasil mudará não por intermédio de um símbolo político, mas pelo aquisição e desenvolvimento de virtudes de maneira individual e também nas famílias", responde.
Ela afirma que sua atuação será apartidária e que não vai fazer campanha política para ninguém.
"Sou católica e conservadora e desejo o melhor ao meu pais e ao povo brasileiro, que é quem sai perdendo diante disputas de poder. Não pretendo fazer campanha para ninguém".
Sara Giromini fez parte do movimento feminista ucraniano Femen, com o qual posteriormente rompeu, autodenominando-se ex-feminista. Lideranças do Femen afirmam que ela foi expulsa do movimento por espalhar mentiras.
Em seguida engajou-se na luta contra o aborto e passou a ministrar palestras críticas ao feminismo. Com a vitória de Jair Bolsonaro (PL), a ativista aproximou-se do clã e chegou a ganhar um cargo como coordenadora nacional de políticas à maternidade do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sob a gestão da então ministra Damares Alves. Ela deixou o cargo em novembro de 2019.
Contudo, no ano seguinte, Sara liderou o movimento "300 pelo Brasil", formado por bolsonaristas que praticavam atos antidemocráticos contra o STF. Em uma dessas manifestações, em plena pandemia, membros do grupo dispararam fogos de artifício contra a sede do STF, em Brasília.
Com informações da Folha S. Paulo