Heleno tem chilique após Sara Winter dizer que ele mandou mirar o STF

A militante também revelou que pretende morar no México, pois, tem “medo do governo”

O general Augusto Heleno (Foto Carolina Antunes/PR)Créditos: Agência Brasil / PR
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O general Augusto Heleno, pelo visto, não gostou nem um pouco das declarações de Sara “Winter” Geromini à revista Época. Por meio de suas redes, ele acusou a imprensa de dar espaços para mentiras.

"Calúnias e acusações falsas da Sra Sara Winter, sobre mim, foram divulgadas pela ISTO É, Fórum, Brasil 247 e vários sites “isentos”. Bancaram também essas mentiras, sem me consultar: a Jorn Mônica Bergamo, os Dep I. Valente, P. Teixeira e outros “democratas de peso”. Triste papel", reclamou o general.

https://twitter.com/gen_heleno/status/1462587280930091010

Sara Winter diz que Heleno mandou mirar o STF e Bolsonaro listou alvos

O chilique do general Heleno diz respeito a uma entrevista que Sara Geromini deu à revista Época.

Mais uma arrependida da horda bolsonarista, Sara “Winter” Geromini, que foi presa após liderar o chamado “acampamento dos 300”, afirmou que a milícia virtual bolsonarista que deixou as redes para se instalar na Praça dos Três Poderes em Brasília obedecia ordens diretas de Jair Bolsonaro (Sem partido) e recebeu do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a missão de mirar o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, disse em entrevista direto do brechó da mãe em São Carlos, no interior de São Paulo, a Eudes Lima, da revista Istoé.

Segundo Geromini, que se colocava como uma das principais guerrilheiras do governo, seu parceiro na liderança do acampamento, o blogueiro Oswaldo Eustáquio, recebeu de Bolsonaro a lista de desafetos que deveriam “investigar e subir o tom”. Ela, no entanto, não revelou os nomes à reportagem.

Ela ainda apontou Carlos e Eduardo Bolsonaro como “cães de guarda” do pai e sinalizou que o “fio da meada” para encontrar o elo entre o clã Bolsonaro e as milícias reais, do Rio de Janeiro, passa pela Assembleia Legislativa fluminense.

Medo do governo e “comer merda”


Arrependida do apoio ferrenho o governo, Geromini diz que não tem mais como defender Bolsonaro. “Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”.

A ex-bolsonarista afirmou ainda que “rachadinhas e milícias são assuntos proibidos” entre os apoiadores do presidente, que tem medo do que pode acontecer e planeja viver com o filho no México.

“Tenho medo da esquerda, medo de um fanático e medo do governo. Em janeiro eu anunciei que eu ia contar tudo que eu sabia sobre o bolsonarismo. O Planalto surtou e fez uma reunião ministerial. A Damares foi chamada. Eu não sabia o que eles tinham tanto medo do que eu possa tornar público”.