O jurista e professor de direito Lenio Streck, integrante do Grupo Prerrogativas, entrou na discussão levantada pelo pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), durante o programa Fórum Onze e Meia, sobre a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para ele, o Ciro tem um QI maior do que a média da população brasileira e que, portanto, se deve cobrar mais dele do que colunistas da mídia como Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e Carlos Sardenberg.
Te podría interesar
“Nunca vi o Ciro escrever sobre direito, não conheço as credenciais dele nessa área. É como se o Drauzio Varela fosse falar sobre engenharia. É muito mais um palpite da parte dele e uma questão puramente opinativa, que acaba causando um estrago enorme, na medida em que é uma munição preciosa”, afirmou.
Estrago maior
Para ele, o fato de Ciro dizer que Lula não foi inocentado, “dito assim como ele fala, que parece óbvio, tem um estrago muito grande. Um processo que é anulado por efeitos estruturais equivale a uma absolvição. Isso acontece todos os dias. O Ciro seguiu a linha do Merval Pereira, da Cantanhêde e o outro, o Sardenberg, que não conhece nada de direito e se mete”.
Te podría interesar
“Eu tenho certeza que se medir o QI do Ciro Gomes ele fica acima da média da população brasileira, por isso que pode cobrar muito mais dele. Do Ciro eu cobro muito mais do que do Carlos Sardenberg, do que da Eliane Cantanhêde”, ironizou.
Streck disse ainda ser “óbvio e ululante, sem querer fazer trocadilho infame, que um processo nulo, julgado por um juiz parcial, tem o condão de ser comparado com à absolvição. Isso é elementar. Eu lamento profundamente que pessoas que tenham reponsabilidade política e que são influenciadores do processo eleitoral, como o Ciro Gomes, entrem nessa patacoada, nesse torneio opinativo, passam todo o tempo dizendo: ‘o descondensado, o ladrão’”.