Em palestra na abertura do evento "Democracia e eleições na América Latina e os desafios das autoridades eleitorais" na manhã desta terça-feira (17) no Tribuna Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, presidente da corte, disse que o risco de "regressão" já se infiltrou no Brasil e anunciou que espera mais de 100 observadores internacionais nas eleições deste ano no Brasil.
"Acordamos que realizar-se-á uma rede de observações internacionais para garantir a vinda ao Brasil antes e durante as eleições - não apenas dos organismos que já mencionamos-, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse e condições em acompanhar de perto o processo eleitoral de outubro próximo", disse Fachin, emendando que "nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil".
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A declaração é uma resposta a Jair Bolsonaro (PL), que em live na semana passada buscou minimizar as próprias ameaças que tem feito ao sistema de votação.
Fachin citou a invasão do Capitólio após a derrota de Donald Trump nos EUA e os ataques ao sistema eleitoral no México como "exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio".
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"[O ataque] alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos, e que infelizmente pode infiltrar-se no nosso ambiente nacional, o que, a rigor, infelizmente já ocorreu", disse.