Luciana Pires, uma das defensoras da delegada Adriana Cardoso Belém, ganhou projeção nacional defendendo o senador Flávio Bolsonaro no processo as "rachadinhas", que apurava o suposto repasse ilegal de parte do salário de funcionários do gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) quando ele ainda era deputado estadual.
Pires estava na casa da delegada quando ela foi presa nesta terça-feira (10), com cerca de R$ 1,8 milhão em espécie escondidos no fundo falso de malas de viagem. Luciana e Adriana Belém são amigas pessoais, com vários registros de momentos íntimos entre as duas nas redes sociais.
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Apesar de ainda não ter assumido o caso formalmente, Luciana deu entrevista ao GLOBO, no início da tarde, como advogada de Belém:
“Consideramos (a prisão) uma medida excessiva, porque não deu tempo nem que ela pudesse justificar os valores encontrados, uma vez que a prisão foi logo decretada com base justamente nessa questão. Vamos tentar que o juiz reconsidere e, se isso não ocorrer, ingressaremos hoje mesmo com um pedido de habeas corpus”, disse.
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Assessora de Esportes do Rio
Adriana Belém, que por anos foi titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), era um dos alvos da Operação Calígula, contra uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa, acusado dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Após a apreensão, a Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para o caso Marielle e Anderson obteve a prisão preventiva da delegada, decretada pelo juiz da 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça, Bruno Monteiro Rulière.
Belém estava lotada na Secretaria municipal de Esportes do Rio, no cargo de assessora, mas será exonerada ainda nesta terça-feira, segundo a prefeitura.
Com informações do Globo