Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (7) mostra que a Economia deve pautar a disputa entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro. O tema é tratado como principal problema para 46% da população.
A pandemia, que já liderou o ranking, é visto como prioritário apenas para 14%, seguido pelas questões sociais e à frente da corrupção, que pautou as eleições de 2018, com 9%.
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O estudo ainda fez um recorte do tema e a inflação (16%) já divide com a crise econômica (17) a preocupação dos brasileiros - em terceiro, com 13% está o desemprego. Nas questões sociais, a fome é preocupante para 9%, seguido pela desigualdade, com 2%.
Alta dos preços e Petrobras
A Quaest mostra ainda que 98% dos entrevistados percebeu a alta de preços dos produtos nos últimos meses - 2% dizem que "ficaram iguais". Outros 74% acham que os preços vão aumentar nos próximos meses
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Para 62%, a economia piorou no último ano e, nos últimos três meses, houve um aumento de 8 pontos percentuais - de 51% para 59% - entre aqueles que dizem que "piorou" a capacidade de pagar as próprias contas.
Jair Bolsonaro é, disparado, considerado o maior responsável pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil - que ocasiona um efeito cascata na inflação.
Para 24% é o presidente o responsável pelo preço da gasolina e do diesel. Outros 15% culpam a Petrobras - que é gerida pelo governo - e 14% dizem que é por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O discurso de Bolsonaro de culpar governadores foi adotado por 12% dos ouvidos na pesquisa. A alta do dólar e o mercado internacional são citados por 9% e 2% culpam os proprietários dos postos. Para 4%, todos os citados são responsáveis.
A pesquisa ainda mostra uma sondagem em relação às eleições, que ocorrem daqui a seis meses, e a percepção de 44% é que a situação econômica do país vai melhorar. Outros 31% dizem que vai piorar e 21% ficar do mesmo jeito.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores, face a face, entre os dias 1 e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança de 95%.
Leia a pesquisa na íntegra