Apoiador arrependido de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva Paulo Chagas, que foi candidato ao governo do Distrito Federal em 2018, pediu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, na esteira da nota do Ministério da Defesa que diz que o magistrado cometeu "ilação ou insinuação, sem provas" ao dizer que as Forças Armadas têm sido "orientadas" a atacar o processo eleitoral.
No Twitter, Chagas diz que Barroso cometeu crime militar de ofensa às Forças Armadas e pede ação do Ministério Público Militar (MPM) contra o ministro do STF.
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"O Min Barroso praticou o crime militar de ofensa às FFAA, Art 219 do Código Penal Militar: Propalar fatos, q sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das fôrças armadas ou a confiança q estas merecem do público: Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano", tuitou.
Na sequência, ele incita o MPM: "É cabível uma representação criminal para a PGR contra Barroso. Com a palavra o Ministério Público Militar".
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"Ofensa grave"
Neste domingo (24), por ordem de Bolsonaro, o ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que deixou o comando do Exército há cerca de um mês para assumir o cargo, divulgou nota mirando Luis Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por declarar que as Forças Armadas têm sido "orientadas" a atacar o processo eleitoral.
"Acerca da fala do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante participação, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil, promovido por entidade acadêmica estrangeira, em que afirma que as Forças Armadas são orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral, o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia", diz a nota assinada pelo ministro.
No texto, a Defesa classifica a declaração de Barroso como "irresponsável" e uma "ofensa grave" aos militares.
"Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro", diz a Defesa, ressaltando que a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) "afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições".
Leia a íntegra da nota aqui