O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), presidente nacional do Solidariedade e presidente de honra da Força Sindical, voltou a causar polêmica nesta terça-feira (19). Após se reconciliar com o PT e com o ex-presidente Lula (PT), o dirigente sindical defendeu a reforma trabalhista neoliberal de Michel Temer durante entrevista à CNN Brasil. A revogação da reforma está presente na carta-programa da Federação Brasil de Esperança, criada por PT, PCdoB e PV para lançar Lula, e foi um dos pontos exigidos pelo PSOL para fechar apoio ao pré-candidato.
“Eu conheço muito bem a reforma trabalhista que foi feita, até porque fui um dos que trabalhou para derrotá-la, mas quem conhece o Congresso e a reforma sabe que não é preciso revogar, precisa corrigir alguns pontos”, disse em entrevista à CNN Brasil.
Te podría interesar
Segundo Paulinho, é "uma besteira" a proposta de revogação da reforma defendida pela federação formada por PT, PCdoB e PV.
"Os Partidos democráticos e progressistas que compõem a Federação Brasil da Esperança defendem a revogação da contrarreforma trabalhista feita no governo Temer e a implementação de uma nova reforma trabalhista construída a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical, com especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos", diz a carta-programa apresentada pelos partidos.
Te podría interesar
O PSOL, que deve entrar na coligação, também defende a proposta e colocou a revogação como um dos 12 pontos centrais para firma apoio a Lula.
A declaração de Paulinho acontece no mesmo dia em que o Solidariedade reafirmou apoio a Lula. O partido tinha suspendido a aliança após o dirigente ter ficado ofendido com as vaias recebidas em evento com sindicalistas. A declaração desta terça parece explicar o motivo das vaias ao dirigente.
No evento, as centrais sindicais entregaram um documento cobrando uma nova lei trabalhista.