ELEIÇÕES 2022

Paulinho da Força diz que revogar reforma trabalhista "é besteira"

Declaração ajuda a explicar vaias de sindicalistas em evento com Lula e Alckmin

Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade.Créditos: Yuri Alvetti/Solidariedade
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O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), presidente nacional do Solidariedade e presidente de honra da Força Sindical, voltou a causar polêmica nesta terça-feira (19). Após se reconciliar com o PT e com o ex-presidente Lula (PT), o dirigente sindical defendeu a reforma trabalhista neoliberal de Michel Temer durante entrevista à CNN Brasil. A revogação da reforma está presente na carta-programa da Federação Brasil de Esperança, criada por PT, PCdoB e PV para lançar Lula, e foi um dos pontos exigidos pelo PSOL para fechar apoio ao pré-candidato.

“Eu conheço muito bem a reforma trabalhista que foi feita, até porque fui um dos que trabalhou para derrotá-la, mas quem conhece o Congresso e a reforma sabe que não é preciso revogar, precisa corrigir alguns pontos”, disse em entrevista à CNN Brasil.

Segundo Paulinho, é "uma besteira" a proposta de revogação da reforma defendida pela federação formada por PT, PCdoB e PV. 

"Os Partidos democráticos e progressistas que compõem a Federação Brasil da Esperança defendem a revogação da contrarreforma trabalhista feita no governo Temer e a implementação de uma nova reforma trabalhista construída a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical, com especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos", diz a carta-programa apresentada pelos partidos. 

O PSOL, que deve entrar na coligação, também defende a proposta e colocou a revogação como um dos 12 pontos centrais para firma apoio a Lula.

A declaração de Paulinho acontece no mesmo dia em que o Solidariedade reafirmou apoio a Lula. O partido tinha suspendido a aliança após o dirigente ter ficado ofendido com as vaias recebidas em evento com sindicalistas. A declaração desta terça parece explicar o motivo das vaias ao dirigente.

No evento, as centrais sindicais entregaram um documento cobrando uma nova lei trabalhista.