Vice-presidente, o general Hamilton Mourão (Republicanos) saiu em defesa dos agentes da Ditadura que torturavam mulheres grávidas, conforme revelado por áudios divulgados pela jornalista Miriam Leitão, da Globo, neste domingo (17).
“Houve excessos? Houve excesso de parte a parte. Não, não vamos esquecer o tenente Alberto lá da PM de São Paulo morto a coronhada pelo Lamarca e os facínoras dele, né? Então, toda vez que há uma guerra, a coisa é complicada. Vocês estão vendo agora no conflito lá na Ucrânia, todas as coisas que estão acontecendo lá”, disse Mourão na manhã desta segunda-feira (18), citando caso isolado para rebater a política de Estado imposta pela Ditadura.
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Segundo o vice-presidente, que é pré-candidato ao Senado, houve "uma luta dentro do país", enfatizando o discurso da Ditadura ecoado por Jair Bolsonaro (PL) de combate ao "comunismo".
"Tem que conhecer a história. A história sempre tem dois lados a ser contados, né? Então, vamos lembrar: aqui houve uma luta, dentro do país, contra o Estado brasileiro por organizações que queriam implantar a ditadura do proletariado, que era um regime que na época atraía uma quantidade grande da juventude brasileira e também parcela da sociedade, mas que perderam essa luta”.
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Mourão ainda minimizou as denúncias, que comprovam a tortura na Ditadura em áudios dos ministros do Superior Tribunal Militar (STM), dizendo que "são assuntos já escritos em livros e debatidos intensamente".
“Vai apurar o quê? Os caras já morreram tudo. Vai trazer os caras do túmulo de volta?”, debochou.