O deputado estadual e youtuber Arthur do Val, o Mamãe Falei, comunicou sua saída do Movimento Brasil Livre (MBL) nesta terça-feira (8). No final de semana, vazaram áudios em que o parlamentar faz declarações machistas sobre mulheres refugiadas da Ucrânia.
Entre outras frases absurdas, diz que mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres". Ele e o coordenador do movimento, Renan Santos, foram ao país para "cobrir" a guerra.
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"Vou ser sincero, não estava muito afim de gravar esse vídeo, mas acho que é importante. A gente passou por tanta coisa, alegrias, zoeiras, agora é um momento de tristeza. Eu não estou nos meus melhores dias, minha vida simplesmente virou de cabeça para baixo, quando o avião pousou e eu sai, o mundo acabou", disse o deputado.
Apesar de afirmar que é crime vazar conversas de WhatsApp, Mamãe Falei ressaltou que não vai atrás de punição e que não quer "terceirizar a culpa".
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"A culpa é minha, a responsabilidade é minha. Eu não acho justo que, por conta de um erro que foi meu, outras pessoas saiam. Eu conheço o pessoal do MBL, sei como eles são, se um está se afogando pula todo mundo, mas salva. Mas eu não quero ser esse fardo. Tomei a decisão de me afastar do MBL, vou sair", anunciou Do Val.
Ele admitiu, ainda, que "magoou muitas pessoas" e voltou a falar da ex-namorada, Giulia Blagitz, que terminou com ele após o vazamento dos áudios. "Vou correr atrás dela. Como eu vou fazer isso, não sei, mas eu vou dar um jeito."
Assista ao vídeo:
Podemos anuncia abertura de processo de expulsão de Mamãe Falei
O partido Podemos anunciou na noite desta segunda-feira (7) que abriu um processo contra Arthur do Val, que poderá culminar com a expulsão do parlamentar da legenda.
Mamãe Falei se filiou ao partido há pouco mais de um mês e, segundo o grupo político, o processo disciplinar foi encaminhado pelo diretório estadual do Podemos em São Paulo.
“A realização do procedimento é necessária para qualquer tipo de punição, em respeito à ampla defesa e ao contraditório. Assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin, o pedido é pela punição mais grave: a de expulsão”, informou o texto divulgado sobre a abertura do procedimento.
“Esgotado esse prazo, com ou sem resposta, o processo segue para parecer conclusivo pela Comissão de Ética e Disciplina, que é formado por: João Dárcio Ribamar Sacchi (presidente da Comissão), Elsa Oliveira e Alfredo Martins Corrêa, que farão o parecer conclusivo para a decisão da Comissão Executiva estadual de SP. Dela, caberá recurso para a Comissão Executiva Nacional dentro do mesmo prazo”, completou ainda o comunicado.