O coordenador nacional do MBL, Renan Santos, deu um chilique durante transmissão ao vivo realizada pelo movimento nesta segunda-feira (7) para defender o deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, após o vazamento de áudios com declarações machistas sobre mulheres refugiadas da Ucrânia.
Mamãe Falei e Renan, foram à Ucrânia para "cobrir" a guerra. Nos áudios, fica claro que um dos interesses do parlamentar eram as mulheres ucranianas, mesmo diante do conflito bélico. Entre outras declarações machistas, disse que as mulheres ucranianas são "fáceis porque são pobres".
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Durante a gravação de podcast do MBL, Renan começou a defender Arthur aos berros dizendo que ele será cassado e que os seguidores do movimento devem defender a manutenção do mandato.
Exaltado, o coordenador do MBL chegou a arremessar uma caneca em direção às câmeras - talvez como uma pretensa demonstração de uma suposta virilidade.
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"Provavelmente vai ter a cassação do Arthur", garantiu.
No fatídico áudio de Arthur do Val, o dirigente do MBL é citado em um suposto episódio de turismo sexual, apelidado como "tour de blonde". "O Renan [Santos] faz uma viagem todo ano, que nos últimos três anos ele não fez. Chama-se ‘tour de blonde’. O que ele faz? Ele viaja os países só para pegar loiras. Só que ele tem técnicas. Ele já está avançado. E ele me deu algumas dicas", disse o deputado.
Renan negou que tenha realizado viagens com esse objetivo.
Assista ao surto do coordenador do MBL:
Alesp pode cassar mandato de Mamãe Falei
Deputados estaduais de cinco partidos - PT, PSOL, PCdoB, PSDB e PL - já se movimentam na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para que o Conselho de Ética abra investigação contra Arthur do Val. Nesta segunda-feira (7), o presidente da casa legislativa, deputado Carlão Pignatari (PSDB), assegurou que o parlamento dará uma resposta efetiva às nove representações encaminhadas ao Conselho de Ética que reivindicam a cassação de Arthur do Val.
Pignatari afirmou que a Alesp repudia comportamentos sexistas, machistas ou qualquer outro tipo de preconceito ou incitação ao ódio, e que coloca a Casa ao lado das mulheres na luta por mais direitos, igualdade e respeito, reafirmando a defesa e a proteção de todas.
O presidente da Alesp assegurou que o caso será analisado, de forma independente e imparcial pelo Conselho de Ética e reforçou que “palavras, posições e decisões pessoais de um parlamentar não representam, de forma alguma, a Assembleia Legislativa de São Paulo, tampouco o conjunto de deputados e deputadas que a formam'”.
Além dos cinco partidos, o PDT e o Republicanos já sinalizaram que apoiam a cassação do deputado.