APURAÇÃO

Caso Mamãe Falei: presidente da Alesp diz que “nada será varrido para debaixo do tapete”

Deputado Carlão Pignatari assegurou que o Parlamento dará uma resposta efetiva às nove representações que pedem a cassação de Arthur do Val

Pignatari: "nenhum caso ficará sem resposta".Créditos: José Antonio Teixeira/Alesp/Divulgação
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A abertura da sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) desta segunda-feira (7) foi marcada pelo pronunciamento do presidente da Casa, deputado Carlão Pignatari (PSDB).

Ele assegurou que o Parlamento dará uma resposta efetiva às nove representações encaminhadas ao Conselho de Ética, que reivindicam a cassação de Arthur do Val, o Mamãe Falei (Podemos). O deputado teve áudios vazados em que desrespeita mulheres ucranianas.

Pignatari afirmou que a Alesp repudia comportamentos sexistas, machistas ou qualquer outro tipo de preconceito ou incitação ao ódio, e que coloca a Casa ao lado das mulheres na luta por mais direitos, igualdade e respeito, reafirmando a defesa e a proteção de todas.

O presidente da Alesp assegurou que o caso será analisado, de forma independente e imparcial pelo Conselho de Ética e reforçou que “palavras, posições e decisões pessoais de um parlamentar não representam, de forma alguma, a Assembleia Legislativa de São Paulo, tampouco o conjunto de deputados e deputadas que a formam'”.

Leia a íntegra do pronunciamento do presidente da Alesp:

“Quero abrir esta sessão afirmando que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repudia comportamentos sexistas, machistas ou qualquer tipo de preconceito ou incitação ao ódio.

Sob minha presidência, nenhum caso ficará sem resposta. Nada será varrido para debaixo do tapete. É esse o meu compromisso.

A todas as mulheres, quero colocar esta Casa ao lado de vocês na luta por mais direitos, igualdade e respeito, reafirmando a defesa e proteção de todas.

Com coragem, o Conselho de Ética nesta gestão tem sido acionado para cumprir o seu dever e analisado, de forma independente e imparcial, denúncias graves. O plenário tem tratado todos os casos com a seriedade que requer, aplicando punições nunca antes vistas neste parlamento.

É intolerável, principalmente nos tempos atuais, que pessoas tenham comportamentos repugnantes, principalmente na função pública. As palavras, posições e decisões pessoais de um parlamentar não representam, de forma alguma, a Assembleia Legislativa de São Paulo, tampouco o conjunto de deputados e deputadas que a formam.

Não é a primeira vez que esta Casa vai analisar a falta de decoro, seja por comportamento sexista, por preconceito ou incitação ao ódio, mas, sinceramente, espero e trabalharei para que seja a última.

A todos os deputados e deputadas, um sério alerta: devemos ser exemplo para a população e nos portarmos como espelho de uma sociedade mais justa e igual para todos e todas”.